O atual sistema político brasileiro não possui perspectivas de melhora. Enquanto os partidos se resumem a seus líderes, projetos de governo não entram nas discussões eleitorais e o Congresso não merece mais crédito. Essa avaliação da política brasileira é do prefeito de Parnamirim, Agnelo Alves (PSB), entrevistado ontem no programa Panorama do RN, da rádio Globo Natal.
Para ele, o Brasil precisa passar por uma ampla reforma política, vinda de baixo para cima. “Esse sistema que aí está findou. Mesmo que se bote todos os cardeais, bispos, padres, freiras e pastores na Câmara, com esse sistema, vai ter mensaleiro e sanguessuga”, afirmou. Apesar de tudo, o prefeito disse acreditar que o Brasil ainda é viável, já que “à noite eles estão dormindo e o País progride.” Agnelo negou estar desencantado com a política, mas lembrou que é jornalista e “está” político. “Só lamento que não vou ter mais tempo de dar uma contribuição.”
Ele defendeu o voto distrital, maior democracia dentro dos partidos, que os mandatos no Congresso não durem mais de dois anos e também a possibilidade do Legislativo vir a ser dissolvido, para a convocação de novas eleições. Ainda assim reconheceu que “70% dos que aí estão vão voltar, por que os candidatos vão ser aqueles mesmos.”
