quarta-feira, 17 de abril, 2024
27.1 C
Natal
quarta-feira, 17 de abril, 2024

Agosto termina com mais de 400 mortos rumo à Europa

- Publicidade -

Trípoli (AE e ABr) – Pelo menos 37 imigrantes podem ter morrido depois de uma embarcação afundar na costa da Líbia durante o fim de semana, informou a Cruz Vermelha. Com isso, o mês de agosto terminou com mais de 400 imigrantes mortos no que se tornou a rota mais letal para traficantes de pessoas.
Merkel defende criação de cotas para acolhimento de refugiados
Se confirmado, o desastre de domingo será a terceira vez em quatro dias que uma embarcação afunda na região. Na quinta-feira passada, autoridades da Líbia disseram que recuperaram 150 corpos de dois barcos afundados no litoral do país. Três homens foram presos, acusados de liderar a operação de tráfico humano que lançou os barcos.

Mohamad Al Misrati, porta-voz da Cruz Vermelha em Trípoli, disse que sete corpos foram encontrados flutuando domingo perto do porto de Khoms. Horas depois, pescadores encontraram mais 30 corpos. Segundo Misrati, a Federação Internacional da Cruz Vermelha está trabalhando com a guarda costeira para verificar a quantidade e a identidade das vítimas.

Apenas em agosto, cerca de 18 mil imigrantes chegaram à Itália a partir da Líbia. Mais de 2.400 mil pessoas morreram tentando cruzar o Mar Mediterrâneo até agora neste ano, de acordo com informações da Organização Internacional para Imigração, acima de 2.081 no mesmo período do ano passado.

A chegada massiva de imigrantes tem preocupado a diversos países europeus. As autoridades húngaras interceptaram entre sexta-feira (28) e domingo (30) 8.792 migrantes que cruzaram a fronteira de forma ilegal e detiveram 36 pessoas por suspeita de tráfico de pessoas.

O país anunciou, no sábado (29), a conclusão da barreira de arame farpado, destinada a impedir a entrada de milhares de migrantes concentrados na fronteira com a Sérvia.

Ontem, a chanceler alemã, Angela Merkel, voltou a defender a criação de um sistema de cotas para o acolhimento de refugiados, ideia proposta em junho pela Comissão Europeia que foi rejeitada por vários países-membros. A Alemanha é o destino de 40% dos requerentes de asilo em todo o continente. O governo duplicou sua previsão para novos imigrantes este ano; de 450 mil para 800 mil. Isso é quatro vezes mais que em 2014 e mais do que qualquer outro país europeu.

- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas