A apreciação em plenário do veto da governadora Wilma de Faria ao Projeto de Lei Complementar 0037 / 05 deverá entrar em pauta próxima semana na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Norte. Diante das novas declarações do deputado estadual Robinson Faria, de que sua posição seria mantida e trabalharia para derrubar o veto governamental, o segmento está confiante e acredita que os demais parlamentares se manterão coerentes ao voto que foi responsável pela aprovação do projeto na casa.
O presidente da Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC), Itamar Rocha, declarou que o deputado Robinson manteve a coerência. Para ele, o posicionamento do parlamentar manteve “acesas as esperanças do segmento”. “O setor, especialmente a ABCC, nunca teve qualquer motivo para duvidar que palavra empenhada pelo presidente da Assembléia e demais deputados norte-rio-grandenses pudesse ser revogada”, destacou Rocha.
Itamar Rocha lembrou que a carcinicultura representa hoje a alternativa de maior viabilidade para o desenvolvimento de uma atividade produtiva do meio rural e reversão do quadro êxodo rural no Estado. Ele destaca ainda que a lei ambiental em questão já foi aprovada e está em vigor no Estado do Piauí, que é governado por um gestor do Partido dos Trabalhadores.
“A importância da carcinitultura deve ser avaliada no momento de dificuldades que vive o setor, que hoje não tem qualquer problema de ordem técnica para produzir camarão. O único empecilho é a falta de financiamento.
A única reclamação da Fenacam foi feita pelos importadores, porque não encontraram camarão suficiente aqui”, destacou Itamar, lembrando tratar-se do desenvolvimento do segmento mais importante da economia primaria rural do RN.
Diante dos problemas recentes, Itamar Rocha alerta para os principais desafios que o segmento deve enfrentar este ano. Nesse aspecto, ela ressalta ser importante a capitalização positiva das oportunidades do aumento da demanda por frutos do mar, em decorrência da redução do consumo de carne de frango, na Ásia e na Europa.