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Álcool mata mais que a aids

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São Paulo (AE) – Quase 4% de todas as mortes no mundo são atribuídas ao álcool, alertou a Organização Mundial de Saúde (OMS), em relatório divulgado ontem. De acordo com a entidade, a porcentagem é superior à de óbitos causados por aids, violência e tuberculose. A OMS, subordinada à Organização das Nações Unidas (ONU), lembrou que o álcool está associado com muitas questões sociais sérias, como violência, negligência infantil e abusos, além de faltas ao trabalho.

O consumo médio anual de álcool no Brasil é de 6,2 litros por habitante; o álcool é a principal causa de morte de homens entre 15 e 59 anosO relatório divulgado ontem afirma que o uso abusivo do álcool provoca 2,5 milhões de mortes todos os anos. No grupo com idades entre 25 e 39 anos, 320 mil pessoas morrem por problemas relacionados ao álcool, resultando em 9% das mortes nessa faixa etária.

A OMS alerta ainda que o álcool prejudica a vida não somente de quem o consome em excesso, mas também dos que se relacionam com essas pessoas. “Uma pessoa intoxicada pode prejudicar outras ou colocá-las em risco de acidentes de trânsito ou por comportamento violento, ou afetar negativamente colegas de trabalho, parentes e desconhecidos”, afirma o texto.

A bebida em excesso é um importante fator para problemas psiquiátricos, em males como a epilepsia, e de doenças cardiovasculares, cirrose e vários tipos de câncer. Os problemas causados pelo álcool podem ser intencionais ou não, lembra a OMS, citando acidentes de trânsito, violência em geral e também suicídios. “Ferimentos fatais atribuíveis ao consumo de álcool tendem a ocorrer em faixas etárias relativamente mais jovens”, afirma.

O relatório global de 2011 sobre álcool e saúde da OMS busca fornecer informações para os Estados vinculados à entidade e apoiar os esforços para se reduzir os danos do álcool, dando atenção para as consequências sociais e de saúde do consumo abusivo da bebida.

A OMS lembra que o grau de risco para o consumo de álcool varia conforme a idade, o sexo e outras características biológicas do consumidor. É preciso observar, segundo a entidade, a quantidade de álcool consumido, mas também o padrão de consumo da pessoa em questão.

De acordo com a OMS, 6,2% das mortes de homens são relacionadas ao álcool, enquanto para as mulheres o índice é de 1,1%. Para homens de 15 a 59 anos, a bebida é a principal causa de morte. Em 2005 o consumo médio do produto era de 6,13 litros de álcool puro por ano. No Brasil, o índice é um pouco maior: 6,2 litros.

A OMS recomenda que os governos regulem o mercado de venda de bebidas, em particular para pessoas mais jovens. Também sugere regulações e restrições à disponibilidade do álcool, políticas apropriadas para se evitar que motoristas dirijam bêbados e a redução da demanda, com impostos mais altos. Afirma ainda que é preciso que os governos forneçam tratamento para pessoas com problemas com o álcool e implementem programas e intervenções breves diante do uso perigoso e prejudicial da bebida. A íntegra do relatório está disponível no site da OMS, em inglês (http://www.who.int).

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