São Paulo (AE) – O presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo, afirmou ontem que o Brasil não possui nem empresas e nem um Estado com capacidade suficiente para promover o crescimento necessário ao País. E foi enfático ao declarar que há organizações não-governamentais atuando contra o desenvolvimento nacional, agindo em função de interesses corporativos, usando, principalmente, a questão ambiental.
“O Brasil, lamentavelmente, não dispõe nem de grandes empresas. Dispõe de empresas médias, mas operando internamente. E temos hoje um Estado altamente fragmentado, sem capacidade de preservar sequer o seu projeto de desenvolvimento”, afirmou ontem, durante conferência na Escola de Guerra Naval, na Urca, zona sul.
Citou, como exemplo, o fato de um juiz ter determinado a suspensão de uma audiência pública que estava discutindo a construção das três hidrelétricas do rio Madeira. Rebelo disse temer que o Brasil seja paralisado, especialmente em relação à área de infra-estrutura e logística, por causa de questões ambientais, e acrescentou que as preocupações com a preservação da natureza são justas. Mas enfatizou que o meio ambiente não pode ser usado como uma alavanca de contenção do desenvolvimento do País e como um instrumento de guerra comercial. Segundo o presidente da Câmara, ONGs entram com muita força no Congresso, utilizando-se, principalmente, da questão ambiental e têm conseguido se organizar para conseguir diversos objetivos.