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Alex

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Rubens Lemos Filho
Alex Medeiros faz 62 anos. Na linguagem do futebol, que ele conhece com a fleuma de um Didi espigando o corpo e lançando em métrica, pode ser gato, mais velho do que está na certidão de nascimento. 
Protesto. Alex tem seus 62 e reluz porque começou cedo, ainda bicho-grilo dos anos 1970 e precoce artesão das palavras, de agências de publicidade aos mistérios marqueteiros. 
Aos 33 anos de profissão, floresta de vaidosos, alguns inofensivos, outros venenosos, tenho alguns amigos coletados em redações e mesas de bar, quando delas era frequente, muitos anos passados. Alex é meiúca de afeto. 
Minha cerveja hoje é retrancada, fechada e solitária quando a divido coletivamente: apenas com gente do meu conceito. Nem tenho idade para fazer inimigo e tampouco para ganhar amigo. Está bom meu escrete – de parceiros e desafetos em 51 anos de vida. 
Alex Medeiros faz as palavras dançarem, ao ritmo do samba no futebol, da valsa quando seu romantismo aflora, do jazz na terceira ou quarta dose e nas canções pretéritas de Raimundo Fágner, seu ídolo fora dos gramados. 
Uma bola e 22 homens correndo atrás dela, nos fizeram amigos de verdade, sem frescura, com irmandade de ideal pela arte, de pavor às babaquices de Neymar, encantamento inesgotável por Lionel Messi. 
Filho  do Bairro  das Quintas, Alex o guarda no peito e o exalta nas letras. E é diferenciado aquele que não esquece seu berço. Inquieto, indústria de boas ideias, adora uma polêmica e os zagueiros toscos vão de vez para desarmá-lo.
 
Tomam dribles verbais desconcertantes. Não sabem que, na polêmica, na quizomba e no fuzuê,  Alex Medeiros se renova, batendo forte e estabelecendo seus pontos de vista políticos– que por sinal não são os meus na maioria das vezes -, como um grito d’alma explodindo e a esgrima cortando no teclado, contendores pouco inteligentes. 
Gosto muito de Alex Medeiros porque ele, ideologia à parte, respeita e venera meu pai. Seu primo por parte de mãe, por sinal. Rubão atrasou a entrada de Alex Medeiros no mercado da comunicação. Achou-o muito novo quando recebeu, da mãe dele, um apelo de trabalho. “Esse menino precisa estudar”. 
Rubão, o profético, sabia do talento do garoto, queria burilá-lo, não o jogar no meio dos leões – mesmo Alex Medeiros sem temê-los – para que todos nós pudéssemos, mais tarde, contar com sua inteligência anárquica e indomável. Viva Alex, 62 anos.
PS. Na foto, eu, presidente Flávio Azevedo ao centro e o aniversariante.
Terra rica 
Aparecida de Goiânia fica na região metropolitana da capital de Goiás e não tem nada de caipira fora o som das duplas sertanejas sempre iguais e enjoativas da região. Seu PIB é de 13 milhões, 265 milhões de reais e é o terceiro de Goiás. Conta cerca de 600 mil habitantes e é um dos maiores centros industriais de um Estado poderosíssimo no agronegócio.
Time  
É lá que o ABC vai enfrentar o Aparecidense, time de gente rica, pela primeira partida das semifinais da Série D. O Aparecidense eliminou o Uberlândia de Minas Gerais, está eufórico e conta com a dupla atacante Alex Henrique e Rafa Matos para conquistar a Quarta Divisão.
 Base 
O time-base do técnico Thiago Carvalho é Pedro Henrique; Adriel, Vanderley, Wesley Matos e Rodrigues; Bruno Henrique, David, Rodriguinho e Robert; Alex Henrique e Rafa Marcos.
Amistosos de luxo 
O quadrangular da Série D é uma série amistosa de luxo. O título não rende grana e o que tinha de ser interessante, passou com a definição dos quatro classificados para a Série C. O ABC deve priorizar a Copa do Nordeste para, com o dinheiro de uma eventual boa campanha, montar o time que brigará para subir à Série B em 2022. 

Vai passar  
O América já passou por crises piores. Terríveis. Do tipo de vendedor de pipoca ocupar a sede de cofre vazio.  A capacidade de recuperação passa pelo fim das picuinhas. E uma visita a Pai Xangô e Mãe Jurema. Mas o América  é bom que renasça, principalmente para o ABC não se acomodar.  

 Série C  
No dia 23 de outubro de 1988, em jogo válido pela Série C do Campeonato Brasileiro, o ABC venceu o América no Castelão (Machadão) por 2×1, gols de Adalberto e Odilon, com Oliveira descontando para o América. Público de 2.785 pagantes. 

 Escalações 
ABC: César; Tiê, Luís Oliveira, Divino e Genílson; Alciney, Odilon e Dica(Adalberto); Sandoval(Escurinho), Zinho e João Carlos. Técnico Didi Duarte. América: Sérgio Maria; Adaílton, Edson, Medeiros e Júlio César; Baltasar, Dedé de Dora e Erijânio; Baíca(Luizinho), Oliveira e Casquinha(Silva). Técnico: Ferdinando Teixeira. 

Vetado 
Tão glorificado quanto Roberto Fernandes no América, técnico que rebaixou o Santa Cruz à Série D, o ex-abecedista Geninho, que casava e batizava na Vila Olímpica, teve a contratação vetada pelo Juventude de Caxias do Sul (RS). O clube preferiu alguém mais moderno. 
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