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“Alta de preços responde à demanda”

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São Paulo (AE) – O presidente do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), que representa 25 redes em atuação no País, Roberto Rotter, afirmou ontem que não haverá uma alta generalizada de preços do setor durante o evento esportivo. “A tarifa pode ser mais cara sim, principalmente quando houver jogos mais interessantes, como os do Brasil. Em contrapartida, nos dias sem partidas, isso não vai acontecer. É preciso lembrar que essa alta de preços responde à demanda”, explicou o executivo, cujas 25 redes hoteleiras englobam 600 hotéis e respondem por 18% dos apartamentos ofertados no Brasil.
Roberto Rotter: Tarifa sobe durante jogos mais interessantes
Ele reconheceu, no entanto, a existência de casos específicos que fogem do comum. “Um hotel pode praticar uma política isolada e isso acabar vindo a publico. Isso acontece, mas não é generalizado. As redes não seriam irresponsáveis de subir demais o preço de uma diária”, disse.

Segundo Rotter, mais importante do que lucrar durante a Copa é fazer que os visitantes voltem. Ele revelou que a iniciativa privada investiu cerca de R$ 12 bilhões no setor nos últimos anos e a maior expectativa de retorno é no longo prazo. “Os hotéis não correrão o risco de prejudicar o investimento. O cliente dessas redes pode ser cliente em outras ocasiões também, não apenas na Copa.”

#SAIBAMAIS#Ele estima que a diária média do setor suba entre 5% e 6% em 2014, em linha com a inflação oficial – a projeção do mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) este ano é de cerca de 6%. Em 2013, os valores médios das diárias na rede hoteleira aumentaram 5,91%, de acordo com o FOHB.

Protestos
Os protestos populares que vem ocorrendo em cidades brasileiras podem prejudicar o setor de hotelaria durante a Copa do Mundo, avalia Rotter. “Do meu ponto de vista, as manifestações não contribuem positivamente para o Brasil. Vemos que há uma preocupação de alguns visitantes por causa das manifestações, isso já se viu na Copa das Confederações”, afirmou.

Segundo ele, na Copa das Confederações, que ocorreu em meados do ano passado, a demanda por hotéis ficou abaixo do esperado, e os protestos influenciaram esse cenário. “Era uma competição com forte turismo local. Notamos que muitas pessoas, principalmente do Sul do Brasil, deixaram de viajar por causa disso (dos protestos)”, afirmou. O setor teme que a continuidade dos atos populares e a violência associada a alguns grupos participantes desencorajem visitantes a viajar pelo Brasil na Copa do Mundo. “Nos preocupa a repercussão com os turistas, principalmente com os estrangeiros”, disse Rotter.

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