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Alternativos querem criar uma confederação

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SINTRA - Moisaniel Almeida fala sobre a programaçãoO Rio Grande do Norte irá sediar a partir da próxima sexta-feira o 1º Encontro Norte-Nordeste de Sindicatos do Transporte Alternativo. O evento vai se estender até sábado e será realizado em um hotel na praia de Cotovelo. E apesar do caráter regional do encontro, a organização está aguardando a presença de pelo menos 40 sindicatos de vários estados do país.

O principal objetivo do evento é a elaboração do estatuto e criação da Confederação Nacional dos Sindicatos, cuja criação oficial deve ocorrer em maio, no 1º Encontro Nacional da categoria. No Rio Grande do Norte, quem está organizando o encontro é o Sintra (Sindicato dos Permissionários do Transporte Opcional de Médio Porte do RN).

De acordo com Moisaniel Almeida, presidente do Sintra, a realização do encontro e a criação da confederação são de suma importância para os que atuam no setor do transporte opcional, no intuito de se promover uma padronização no exercício da atividade em todo o país e a unificação de forças, em torno das mesmas causas. “Precisamos dar as mãos, unir forças e trocar experiências”. Os permissionários pretendem também, a partir da criação da confederação, promover a qualificação de motoristas e cobradores.

Moisaniel explica que atualmente, a principal necessidade dos permissionários diz respeito à concessão de incentivos e benefícios por parte do poder público. Segundo ele, os donos de alternativos precisaram abrir muitas concessões quando da consolidação do serviço e agora estariam precisando de compensações, uma contrapartida. “Por enquanto nós só cedemos. Estávamos procurando nosso espaço. Mas até agora não recebemos nada”.

O presidente do sindicato estadual conta que atualmente os opcionais oferecem à comunidade vários benefícios, como a passagem gratuita para deficientes e acompanhantes, policiais militares, idosos e até oficiais de justiça. “Hoje reivindicamos benefícios como a isenção de alguns impostos e incentivos na obtenção de veículos e equipamentos, e ainda para a criação de cooperativas”.

Segundo o vice-presidente do Sintra, Raimundo Holanda, um outro problema a ser combatido é a informalidade existente no setor. Hoje em dia, a proporção entre carros legalizados e clandestinos é bastante desigual. Holanda conta que atualmente são 511 opcionais legalizados para cerca de 5 mil clandestinos. “A pessoa pega um carro qualquer, geralmente um Monza, coloca o gás e sai fazendo o transporte”, reclamou.

Segundo os diretores do Sintra, o alto índice de informalidade atrapalha o mercado porque a atividade é exercida sem que se observem os princípios de demanda e oferta, além de até causar acidentes graves. “Houve um caso nesses dias em que dois veículos estavam correndo no trânsito, disputando passageiros e acabaram batendo e matando duas pessoas”.

Autoridades dos governos estadual e municipal também foram convidados. Várias discussões estão programadas para os dois dias, além de quatro palestras com temas como “Por um transporte alternativo unido”, que será proferida pelo deputado distrital Expedito Bandeira – precursor da atividade em Brasília e “Transporte de Médio Porte: uma necessidade”, por Paulo Oliveira.

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