Até o momento, 48 famílias estão desabrigadas e outras 53 desalojadas pelo desastre de Mãe Luíza. No total, 407 pessoas estão sem casa. De acordo com a Defesa Civil, 36 casas desabaram nos deslizamentos registrados nas últimas duas semanas. Outras 110 residências no raio de 30 metros da cratera, nas ruas Atalaia e Guanabara, foram interditadas.
Os imóveis estão em área de alto risco – alguns apresentam rachaduras de mais de um centímetro e inclinações. Elas ainda podem ser engolidas pela cratera. Eugênio Lopes, coordenador municipal da Defesa Civil, todas as casas interditadas receberam um auto de vistoria e interdição, que compõe a documentação necessária para receber o aluguel social. A família também precisa se cadastrar junto à Secretaria de Assistência Social (Semtas).
#SAIBAMAIS#O relatório entregue na última terça-feira (24) pelos técnicos do Serviço Geológico do Brasil (SGB) aponta a possibilidade de reconstrução das casas nas ruas atingidas, segundo o secretário de obras do município, Tomaz Neto. O projeto para reocupação da área está sendo confeccionado pela Secretaria Municipal de Habitação. A TN não conseguiu contato com o titular da pasta, Homero Grec.
Nem todas as famílias estão satisfeitas. Algumas reclamam que não receberam o auto de interdição e por isso não têm como pedir o aluguel social. “Acho um absurdo. Me entregaram só um papel da vistoria, não interditaram a casa, mas me mandaram sair”, relata a camareira Verônica Idelfonso.
Auxílio-moradia
No final da tarde de ontem, a Prefeitura realizou uma reunião para discutir o auxílio-moradia: benefício que será concedido às famílias atingidas pelo desastre de Mãe Luíza. De acordo com Alexandre Dutra, adjunto de planejamento, uma minuta do benefício está sendo elaborada e deve ser enviada à Câmara Municipal. O documento detalhará os valores do auxílio, que deve variar entre R$250 e R$850, estabelecendo qual secretaria destinará o orçamento. A previsão é que as planilhas estejam fechadas até a próxima terça-feira.
