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Alunos do “Padre Miguelinho” realizam protesto no Alecrim

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ABANDONO - Estudantes protestam contra falta de estrutura de escolaA situação de precariedade da estrutura física na Escola Estadual Padre Miguelinho, uma das mais antigas e tradicionais de Natal, chegou a um nível insustentável. Na semana passada, um portão de ferro, de tão velho, caiu sobre um aluno, que sofreu um corte na cabeça. Para os estudantes, que já vinham reivindicando a reforma do colégio, o incidente foi a gota d’água.

Ontem, pela manhã e tarde, eles interromperam as aulas e fecharam a rua em frente, no Alecrim. A manifestação era para ser tranqüila, com a finalidade de chamar a atenção da sociedade para a situação de abandono da escola, mas acabou gerando instantes de pânico.

Policiais atiraram para cima e também tentaram agredir e prender uma professora que saiu em defesa de um jovem de fora da escola que, segundo a polícia, estaria armado. Os alunos do Padre Miguelinho não permitiram que a polícia levasse a funcionária. Outros momentos de tensão foram proporcionados por alguns motoristas, que guiaram os veículos na direção dos manifestantes. Um estudante contou que de dentro do carro um motorista chegou a encostar uma arma em sua barriga e ameaçá-lo.

“A gente estava apenas protestando com a finalidade de mostrar a todos a situação de sucateamento de nossa escola”, disse o estudante Wilson da Silva Barbosa, do 1º ano.

A direção da escola reconheceu a precariedade do colégio. Segundo o diretor Getúlio Soares, há muito tempo o Padre Miguelinho não passa por uma reforma. “A situação está difícil. A direção e o conselho escolar já encaminharam ofícios, mas a Secretaria de Educação não atendeu às solicitações por falta de recursos”, disse.

O resultado de tantos anos sem reforma pode ser visto por todo lugar. Os banheiros não oferecem a mínima condição de higiene. Faltam portas e a parte elétrica não funciona. Em várias salas, os quadros-negros estão gastos e destruídos. Os estudantes reivindicam a reforma da quadra esportiva, destruída e desprovida de equipamentos de esportes. E ainda faltam servidores para fazer a limpeza e  professores das disciplinas de Matemática, Física, Química e Inglês.

Licitação para reforma está em andamento

Há cinco meses, a Escola Estadual Padre Miguelinho recebeu 15 computadores, mas até hoje o laboratório está desativado. Tudo porque a estrutura para a instalação das máquinas não foi providenciada.

Os estudantes se sentem prejudicados. “A gente vai ter dificuldade na hora de fazer um concurso, e também de prestar vestibular. É um prejuízo muito grande”, avalia o estudante Tiago Henrique, do 2º ano.

Sobre a reforma, o subcoordenador de obras da Secretaria Estadual de Educação (SECD), Celso Veiga, informou que a licitação já está em tramitação na SECD. O valor do projeto básico, segundo ele, é de R$ 371.617,79. A reforma contemplará toda a instalação física do prédio.

Celso explica que haverá uma tomada de preço e o prazo da tramitação do processo gira em torno de 90 dias. O coordenador admite que há mais de dez anos o prédio da escola não passa por uma reforma significativa.

Já o coordenador de recursos humanos, Pedro Guedes, disse que essa semana já estão sendo nomeados os professores que passaram no concurso, realizado em novembro de 2005. Com isso, o problema de falta de professores no Padre Miguelinho será sanado. E Elizabeth Jácome, subcoordenadora do Ensino Médio, informou que a empresa contratada para fazer a instalação no laboratório de informática está providenciando o serviço.   

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