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Alunos do Texas fazem intercâmbio

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PARCERIA - Aulas específicas são ministradas em inglêsO Programa de intercâmbio entre a Universidade Federal do Rio Grande do Norte e a Texas A&M University, localizada em College Station, Texas, Estados Unidos, está proporcionando aos alunos de Engenharia Elétrica e Engenharia Civil dos dois países a oportunidade de interagir conhecimentos técnicos e culturais. Durante cinco semanas, alunos americanos visitam e participam de aulas na UFRN.

Um dos principais objetivos do programa de intercâmbio é o de propiciar aos alunos de engenharia da Universidade do Texas a oportunidade de cursar, no Brasil, duas disciplinas de sua grade curricular durante o primeiro mês de férias escolares dos Estados Unidos e, além disso, aprender sobre a cultura e os costumes de nosso país.

“A idéia da parceria entre as duas Universidades surgiu ainda no período em que o reitor Ivonildo Rêgo cursou Doutorado no Texas, foi amadurecida e só agora se tornou realidade, com o apoio do professor Aldayr Dantas, coordenador do projeto, que cuidou de detalhes estruturais do programa, desde salas de aulas, laboratórios, hospedagem e traslados”, explica o professor Shankar Bhattacharyya, da Universidade do Texas.

Esta primeira experiência trouxe 11 alunos de Engenharia Civil e 7 alunos de Engenharia Elétrica, com a participação do professor Bhattacharyya, que ministra as disciplinas Sinais e Sistemas e Sistemas de Controle, aos alunos de Engenharia Elétrica, e da professora Luciana Barroso, também da Universidade do Texas, que leciona, aos alunos de Engenharia Civil as disciplinas Métodos Computacionais em Engenharia Civil e Técnicas de Construção.

Cada curso oferece aos alunos duas disciplinas específicas, curso de Língua Portuguesa, na primeira semana e nas demais, curso de computação, com alunos e professores da UFRN. Os alunos fazem também visitas técnicas ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), ao Pólo Petroquímico de Guamaré e a obra da Ponte Forte-Redinha e visitas culturais em Natal, Caruaru, Recife e Salvador.

As aulas específicas são ministradas em inglês, proporcionando aos alunos da Universidade local a oportunidade de interagir e exercitar a língua estrangeira, como é o caso do aluno de Engenharia Elétrica, Marcus Vinicius Fernandes, e de Marcelo Brandão, mestrando em Engenharia Elétrica, responsável pelas aulas de computação, que estão participando do programa para aprimorar e enriquecer o vocabulário

Mais que aprendizado e cumprimento de grade curricular, o programa permite a interação e a quebra de alguns mitos em relação ao país. Em visita ao Pólo Petroquímico de Guamaré, os alunos de Engenharia Elétrica tiveram a oportunidade de conhecer, também, um lado mais sério de nosso país: na sala de controles, onde se desenvolve um sofisticado trabalho com tecnologia de ponta e pessoal qualificado, algumas impressões distorcidas acabaram se desfazendo.

“Claro que há muito de futebol e alegria, principalmente neste momento de copa que se mistura a festas juninas, e os alunos puderam aprender sobre a cultura, até dançar forró. Mas o mais importante é o aprendizado dos pequenos detalhes como a convivência, familiarizar-se com o dinheiro, fazer compras em supermercados, se sentirem em casa, com o carinho dos brasileiros. E constatar que o Brasil não é só aquela imagem de samba e futebol, tem conhecimento a oferecer”, conta a professora Luciana.

Além de continuar com a oferta destas disciplinas, o programa de intercâmbio pretende desenvolver uma base de pesquisa em Automação Industrial e Controle de Processos, com alguns projetos para a Petrobras. A idéia em 2007, é que os alunos de Doutorado possam cursar uma disciplina na Universidade do Texas, com a orientação do professor Bhattacharyya.

O professor americano tem ainda projetos em outra área. Em visita à Escola de Música, revelou o seu lado artístico como músico de sarote, um instrumento de cordas indiano, e manifestou a intenção de oferecer, na próxima visita, um workshop e concerto de música indiana com outros dois músicos.

Por questões financeiras, a UFRN ainda não pode oferecer a alunos de graduação a oportunidade de cursar algumas disciplinas da grade curricular em outro país. Hoje, só é possível a prática em nível de doutorado. “Para estabelecer um paralelo, cada aluno americano pagou em torno de cinco mil dólares para participar, o que torna totalmente inviável, em nível de graduação, a realização de intercâmbio de nossos alunos”, conta Aldayr Dantas, coordenador do projeto.

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