Uma ameaça de bomba a bordo do vôo 3371 da companhia aérea TAM, que deveria ter decolado às 13h45 de ontem de Natal para Brasília, fez a Infraero e a Polícia Federal manterem a aeronave por cerca de seis horas no Aeroporto Internacional Augusto Severo. Os peritos da Polícia Federal, especialistas em explosivos, vasculharam o avião até às 19h20 e descartaram a existência de qualquer artefato.
O vôo com destino à Brasília, com escalas no Rio de Janeiro e Belo Horizonte, foi liberado para seguir viagem por voltas das 20h. Dos 89 passageiros que embarcariam na aeronave, no Aeroporto Augusto Severo, apenas 53 decidiram aguardar. O restante, segundo informações da Infraero, desistiu porque perdeu as conexões em outros aeroportos ou mesmo por opção. A informação de que haveria um artefato a bordo da aeronave partiu de uma ligação anônima para a Polícia Federal, em Brasília, de onde partiu o vôo (belo Horizonte – Rio de Janeiro – Brasília – Natal). O aviso para a equipe da PF de plantão no aeroporto chegou via Fax. O superintendente da Infraero para o RN, José Daniel Sobrinho, disse que a aeronave estava voando para Natal quando chegou o aviso.
Mas o chefe do Núcleo de Fiscalização do Tráfego Internacional da Polícia Federal, Rildo Tarquínio, informou que a aeronave já havia aterrissado. Apesar da gravidade da informação, não havia grande movimentação no terminal aéreo. Os policiais federais de plantão fizeram a primeira vistoria. Não localizaram nada.
Os peritos chegaram em seguida e assumiram as investigações. Eles permaneceram no interior da aeronave até as 19h. “Sabíamos que se tratava de uma ameaça de bomba. Mas através dos boatos no saguão do aeroporto”, conta uma passageira que preferiu não se identificar. O senador Garibaldi Alves Filho e os deputados federais João Maia e Nélio Dias estavam entre os passageiros que aguardavam informações. Somente por volta das 18h, o superintendente da Infraero foi até o saguão e comunicou o que estava havendo aos parlamentares. “A gente fica preocupado não apenas com a ameaça de bomba, mas com os compromissos”, disse. A última ameaça de bomba em vôos com destino a Natal ocorreu há dois anos, mas logo confirmaram que era trote.
