Treinadores de boa experiência no mercado Luiz Carlos Martins, do América, e Luís Carlos Cruz, do ABC, tem um encontro com conotação decisiva marcado para hoje às 17h, no Machadão, que vai abrigar o confronto entre os dois maiores clubes do futebol potiguar. Ambos estão com problemas para montar suas equipes, mas estão cientes de que um bom resultado no clássico pode marcar uma arrancada rumo ao título da temporada. Obter sucesso em ocasiões desse tipo costuma dar fôlego novo ao grupo.
Apesar de passarem por diversos clubes este confronto de “Luízes” ao que parece nunca ocorreu antes. “Sinceramente não me recordo de ter enfrentado o Luiz Carlos Martins. Mas de qualquer forma eu conheço bem o trabalho dele, sei que se trata de um grande profissional e sabe montar muito bem as suas equipes”, disse Luís Carlos Cruz, que estará fazendo sua reestréia no ABC na partida de logo mais.
No lado do América, sem poder contar com o lateral-direita Eduardo e com o meiocampista Leandro Sena — suspensos pelo terceiro cartão amarelo —, Martins também tem praticamente como certo o desfalque do volante Claudinho, que com uma torção no joelho direito tenta se livrar das dores no local para ficar a disposição do técnico.
Diante do leque de problemas, a escalação americana passou a ser uma verdadeira incógnita. Fernandes e Helder brigam pela posição na leteral, sendo que o primeiro é o reserva imediato da posição, mas por ser jovem pode perder espaço para o meiocampista Helder. O zagueiro Rogério Gaúcho pode ser a opção para vaga de Claudinho.
No ABC não existe problemas de contusão, mas sim em relação ao estado físico dos jogadores que passaram por uma verdadeira maratona de jogos e viagens e seis deles se reapresentaram com indigestão. “A preocupação é recuperar o condicionamento do grupo. O time vem numa crescente e isso já é um fator animador para o clássico”, avaliou Luís Carlos Cruz.
Superstição vale em clássicos ou não?
Itamar Ciríaco – Editor Esportes
Em véspera de clássico ABC x América, ou América x ABC, como preferirem, sempre surgem interpretações de sinais que apontam para um ou outro resultado. Os responsáveis por essas interpretações “ocultas” são os supersticiosos. Para o clássico deste domingo, uma linha de pensamento me chamou atenção, durante um bate-papo na redação da Tribuna do Norte.
Me dizia um amigo, torcedor do ABC. “Esse jogo tem muita relação com o número sete. O ABC não perde para o América há 700 dias, Claudinho Baiano, que usa, geralmente, a camisa número 7 sentiu um problema e pode desfalcar o Alvirrubro”, comentou.
Certo ou errado, tem mais coisas sobre o número sete para esse jogo. Quem deve usar a camisa Alvinegra com o referido dígito é o meio de campo Carioca, ex-América e que nunca enfrentou o Alvirrubro antes. A colocação do ABC, ao menos até sexta-feira, quando fechamos esta edição, era sétimo, justamente a posição que o Alvinegro ficou, no ano em que o técnico era Luís Carlos Cruz, que voltou e faz a estréia no comando do time neste domingo.
Por coincidência, quem eliminou a equipe abecedista, deixando-a em sétimo, foi o América. Se a competição, em sua primeira fase, terminasse hoje, o confronto seria justamente ABC x América, sétimo contra segundo colocado.
Em resumo, tem sete para todo gosto neste clássico e motivo de sobra para um supersticioso abecedista se dizer favorito, ou um americano mostrar suas vantagens. Mas, tanto para um quanto para o outro eu tenho um recado: lembrem-se, sete é conta de mentiroso.
Ficha técnica:
América: Raniere, Helder (Fernandes), Sandro, Robson e Renan; Rogério Gaúcho, Fábio Silva, Xuxa e Kobayashi; Paulinho Marília e Adilson. Técnico: Luiz Carlos Martins.
ABC: Adriano, Nego, Almir Conceição, Beto e Teci; Lico, Montanha, Carioca e Barata; Cláudio e Ivan. Técnico: Luís Carlos Cruz.
Estádio: Machadão
Hora: 17h
Árbitro: Charles Eliont de Freitas
Auxiliares: José Nilman e Lizandro Moreira
