sexta-feira, 19 de abril, 2024
31.1 C
Natal
sexta-feira, 19 de abril, 2024

Amigos de Castilho

- Publicidade -
woden madruga 
 Começando a semana recebo carta de Carlos Augusto Pinto Filho, Carlinhos, filho da poetinha Carlos Castilho (registrado no cartório de Lages, onde nasceu, como Carlos Augusto Pinto), que se encantou no dia 24 de março.  Castilho foi agregado ao seu nome quando o poetinha  se tornou goleiro do América Futebol Clube, idos de 1950, homenageando o seu ídolo, o xará do Fluminense, dos maiores goleiros do país. O escrito de Carlinhos é de agradecimento as homenagens que foram prestadas ao pai. Transcrevo a carta na íntegra:
“Olá, Woden: Boa noite!
Grato pela crônica escrita no último domingo, 04/04/2021, com recordações do meu querido e amado pai Carlos Castilho, meu amor incondicional, amigo, confidente, guardião, companheiro de todas as horas “desde zero ano”, como ele dizia sempre, enfim, meu tudo. Foram quase 48 anos de uma linda convivência diária. Agora ele assumiu definitivamente a sua condição de anjo, iluminando e guiando meus passos e de minha família nesse difícil jogo da vida.
Vocês, verdadeiros amigos, tiveram uma convivência fraterna que se fôssemos comparar a um livro seriam, com toda a certeza, os capítulos mais lindos de “Natalzinho do Amor”, como ele carinhosamente se referia a nossa cidade Natal. Sei de boa parte dessas histórias pela alegria e bom humor como ele sempre contava. Tive a satisfação em conhecer e conviver com quase todos os amigos de meu pai, cito até os que, infelizmente, não os conheci por conta da minha idade, a exemplo de Albimar Marinho, José Aguinaldo Barros, Nemésio Morquecho  e Berilo Wanderley. Mas, com a forma serena e cativante com que ele me contava suas peregrinações mais antigas, eu me sentia fazer parte de sua narrativa como fosse uma linda viagem através das estampas Eucalol. Aliás, a arte de fazer e preservar amizades era uma das suas características mais marcantes, um exemplo de caráter, bondade, lealdade e fidelidade.
Tive a oportunidade de tomar umas com Newton Navarro, no Árabe do Hiper Bom Preço. Fomos à casa de Aldair Soares (Pau de Arara), vizinha a um cemitério, na qual ele disse que morava ali estrategicamente para não dar trabalho. Quando chegávamos de férias, vindo de Salvador-BA, fazíamos uma peregrinação por todo o litoral do Estado, numa linha de Touros a Barreta.
Lembro de lindas histórias com você (que durante décadas deu notícias na sua coluna, registrando as inúmeras passagens de Castilho pelo Cova da Onça, ao lado do Mestre Gaspar), com Luís Carlos Guimarães, Diógenes da Cunha Lima, Sanderson Negreiros, Ney Leandro de Castro, Berilo de Castro, Zé Rocha, Rui Rocha, José Arruda Fialho, Chico Bittencourt, Hugo Pires, Heitor Pires, Zé Boré, Luiz Antônio Vidal, Veríssimo de Melo, Dr. Grácio Barbalho, François Silvestre, Márcio Pacheco, Lenilson Carvalho,  Wellington Aires do Couto, Maurício Baíto, Fernando Mousinho, Joca da Hora, Everaldo Lopes, Vicente Serejo, Celso da Silveira, José Percy, José Maria Guilherme, Gutemberg Costa, Alex Nascimento, Nei Marinho, Márcio Marinho, Machadinho, Bira Macedo, Tota Zerôncio, Mano Décio, Eunélio Silva, Gilson Barbosa, Hélio Rocha, João Alfredo, Fábio Lima, Marinho Guimarães, Vera e Danilo Bessa.
Minha gratidão a todos os amigos da Redinha e do Azulão, além de outros tantos que a memória não me ajuda a citar agora. Tem, também, a turma do futebol de botão da Rua da Estrela, um campeonato extremamente disputado com Múcio Pipa, Caio Alencar, Arlindo e Arnaldo (os dois filhos de D. Luiza). Não posso deixar de mencionar o América Futebol Clube, onde ele jogou de 1951 a 1959. No bi-campeonato de 1951/52 jogou entre os aspirantes e no bi-campeonato de 1956/57 já atuava entre os profissionais. Agradeço ao nosso eterno Presidente Dr. José Rocha, que me ligou falando da possibilidade do velório do meu pai ser realizado na sede do América, não fosse o caso da pandemia. O Mecão faz parte de nossas vidas.
É importante agradecer, também, a todas as esposas dos amigos queridos, que, ele, Castilho, com muito carinho, as chamava de cunhadas, pois os amigos para ele eram irmãos.
Abraço fraterno,
Carlinhos. ”
Livro 
Thiago Gonzaga está publicando seu novo livro: “Literatura Afrodescendente no Rio Grande do Norte – Século XX (De Fabião das Queimadas a Edgar Borges-Blackout) ”, que sai com o selo da 8 Editora.
Os ensaios estão divididos em 4 partes: “O Negro no Rio Grande do Norte”, “Primeiros Indícios de Afrodescendentes na Literatura Norte-Rio-Grandense”, “Como o Negro é Retratado na Literatura Norte-Rio-Grandense – Poesia” e “Como o Negro é Tratado na Literatura Norte-Rio-Grandense – Ficção”.
O destaque é Fabião Hermenegildo Ferreira da Rocha, o “Fabião das Queimadas”, poeta, cantador e rabequeiro, filho de mãe escrava, nascido em Lagoa de Velhos, ao pé da Serra de Joana Gomes, que estão na sua poesia: “Adeus Lagoa dos Velhos/ E a lagoa do Jucá, /E serra de Joana Gomes, /E riacho do Juá…/Adeus até outro dia, /Nunca mais virei por cá…”
Fabião e Ariano 
São versos do seu “Romance do Boi da Mão de Pau”, que soma 48 estrofes e cujo mote inspirou Ariano Suassuna no poema “A Morte do Touro Mão de Pau”, em memória do pai assassinado em 1930.  O poema de Ariano, publicado no livro “Poemas”, organizado e anotado por Carlos Newton Júnior, foi musicado por Antonio Nóbrega, também rabequeiro, incluído no seu CD “Lunário Perpétuo”.
Chico Buarque Deu na coluna de Anselmo Gois, do jornal O Globo:
– O Instituto São Paulo pela Democracia está fazendo um abaixo-assinado para que Chico Buarque seja o próximo imortal da ABL, na vaga de Alfredo Bosi (1936-2021). Já tem mais de 21 mil assinaturas. Um dos maiores compositores brasileiros, Chico Buarque já escreveu vários livros. Entre eles, “Estorvo”(1991), “Benjamim” (1995), “Budapest” (2003), “Leite derramado” (2009) e “O irmão alemão” (2014). Quem quiser assinar, clique aqui. Mas o músico, assim como Fernanda Montenegro, não deve aceitar. ”
Chuva 
Uma semana (de sábado,10, a sexta-feira, 16) de boas chuvas na região Oeste do Estado. No Seridó, bem menos; no Agreste, fracas. Pelos números da Emparn tem município no Oeste com acumulada passando dos 100 milímetros:  José da Penha, 157, João Dias, 135, São Francisco do Oeste, 133, Riacho da Cruz, 131, Viçosa, 122, Apodi, 113, Rodolfo Fernandes, 102.
A melhor chuva (acumulada) no Seridó foi em Timbaúba dos Batistas, 85mm., seguida de São João do Sabugi,60.
Chove bem nos sertões do Ceará e da Paraíba. Amém.
Os artigos publicados com assinatura não traduzem, necessariamente, a opinião da TRIBUNA DO NORTE, sendo de responsabilidade total do autor.

- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas