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Amigos e viagens

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Nei Leandro de Castro
Escritor

Meu amigo GBA admira a paisagem do Rio, a beleza das cariocas em flor, o belo lugar-comum do Pão de Açúcar e do Corcovado. Mas ele prefere mesmo os restaurantes e, particularmente, as casas de vinho. Da última vez que GBA esteve por aqui, ele me convidou para degustar um vinho num sofisticado restaurante do Leme. Fomos. Ele pediu a carta de vinhos, escolheu um Terrazas Malbec, que lhe foi servido em pouca quantidade, para ser degustado, como se costuma fazer  nesses lugares. GBA sentiu o aroma da bebida, colocou uma pequena quantidade na boca, bochechou, ingeriu e deu seu veredito: “Apresenta aromas de frutas vermelhas, ameixas secas e toques florais de violeta, com um final que traz notas defumadas e de especiarias.” O garçom serviu, retirou-se e voltou com o dono do restaurante, que disse para GBA: “O nosso sommelier foi embora. O senhor não gostaria de tomar o lugar dele?”  O meu amigo disse que lamentava, mas não trocava a vista do seu apartamento, que dá para o Morro do Estrondo, por nenhum lugar do mundo.

Ando em falta com o meu amigo Manoel Onofre Júnior. Há meses, ele me pediu nomes de bons restaurantes do Rio e de Paris, eu prometi mandar uma lista dentro do mais breve possível e faltei com a promessa. Mas vou tentar me redimir. Aí vai, meu amigo, uma boa relação de lugares onde você pode usufruir de delícias. É aconselhável não olhar para o lado direito do cardápio, onde estão os preços. Vamos lá:

Rio de Janeiro: – Le Pré Catalan – Av. Atlântica, 4.240, Copacabana. Cipriani – Avenida Atlântica, 1.702 – Copacabana. Fasano Al Mare, Av. Vieira Souto, 80 – Ipanema. Satyricon – Rua Barão da Torre, 192 – Ipanema. Antiquarius – Rua Aristides Espínola, 19, Leblon. Gero – Aníbal de Mendonça, 157, Ipanema.

Paris : – Restaurant Chez George – Rue du Mail, 1. Les Philosophes – Rue Vielle du Temple, 28. Les Fous de L’Île – Rue des Deux Ponts, 33. La Mosquée – Rue Geoffrey Saint Hilaire, 39. Les Papillons – Rue Mouffetard, 129.  Bouillon Racine – Rue Racine, 3.

Uma dica para Manoel Onofre: o meu amigo Gastão deve viajar a Paris em setembro próximo. Ele freqüenta todos esses restaurantes e também o La Tour d’Argent, que tem preços razoáveis: 200 euros por pessoas, sem vinho. Gastão convida muita gente para almoçar com ele e convidado na mesa dele não paga.

O tijucano Nunes apareceu eufórico no Bar do Serafim. Não deixou ninguém interromper a narrativa de suas aventuras no Porto, com uma viúva rica, 54 anos, que ele conheceu pela internet. Com todas as despesas na base do 0800, Nunes se esbaldou. Bebeu nos bares e almoçou nos melhores restaurantes de Vila Nova de Gaia. Jogou nos cassinos de Póvoa de Varzim, terra de Eça de Queiroz. Fez uma incursão a barco, de oito horas de duração, pelo rio Douro, abraçadinho com a carente viúva, que suspirava sem parar. No passeio, explicou à viúva que a palavra rapariga  tinha outra sentido no Brasil, e ela vibrou; “Ah, chama-me de rapariga, chama-me de rapariga!” Num domingo, quando a viúva foi à missa, Nunes aproveitou para levar para a cama uma belgazinha linda, hóspede do seu hotel, de quem ele exibiu uma foto bem desinibida.

Citação da semana:
 “Por que repetir velhos erros se há tantos erros novos para se cometer?” (Bertrand Russel)

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