Familiares, amigos e companheiros de trabalho acompanharam, durante o dia de ontem, o velório do técnico em radiofusão, Ailson Bonifácio do Nascimento, 78 anos, na capela ecumênica do Cemitério Morada da Paz, em Emaús, Parnamirim. A missa em ação de graças pela alma de “seu Ailson”, como ele era chamado pelos colegas em mais de 60 anos de vida profissional, foi celebrada às 16h pelo padre padre João Carlos e ficou marcada pela emoção. Amigos de Ailson falaram sobre a importância dele na implantação da Rádio Cabugi e de como ele era um homem humilde e um cidadão de bem.
#SAIBAMAIS#Ailson Bonifácio deixa viúva dona Teresa Rocha do Nascimento, 81 anos, seis filhos, do quais o servidor público estadual Roberto Jorge é o único filho. As filhas são Teresa Cristina e Kátia Rejane, funcionárias do Tribunal de Contas do Estado (TCE); Márcia Maria, servidora da Procuradoria Geral do Estado (PGE); Ana Célia, funcionária da Caixa Econômica Federal (CEF) e ainda a dona de casa Fernanda Sueli, além de dez netos.
O diretor de Programação da Rádio Globo Natal, Santos Neto, trabalhou 35 anos com “seu Ailson” e disse que o amigo “confundia-se com a história da emissora, desde a antiga Cabugi, e com o próprio meio radiofônico de comunicação”. O comunicador contou ainda que Ailson Bonifácio “tinha uma dedicação enorme ao trabalho”, tanto que durante todo tempo que tem como diretor de programação da emissora, nunca viu uma transmissão deixar de ir ao ar: “Quando havia alguma dificuldade, ele superava e arranjava solução pra tudo”, colocou.
O jornalista Osair Vasconcelos disse que fez poucas incursões pelo radiojornalismo, mas viu em Ailson Bonifácio “uma pessoa bacana e sempre bem-humorada e de bem com a vida”. Já o jornalista Vicente Neto também lembrou que “muitas rádios no interior foram montadas” por Ailson Bonifácio.
O gráfico José Meira passou grande parte de sua vida dentro das oficinas de jornais, mas lembra que militou no começo de sua carreira profissional na antiga Radio Poti. Nessa época conheceu Ailson Bonifácio. “Ele era o ‘papa’ no que de refere à técnica de radiofusão e sempre que a gente precisava a gente ia consultá-lo”, disse.
O locutor Hélio Câmara lembrou das dificuldades existentes para conseguir uma transmissão radiofônica, mas que eram facilmente dribladas por Ailson. “Não tínhamos as facilidades de comunicação como temos hoje em dia. Lembro que, para transmitir uma partida de futebol do interior, Ailson subia em árvores, pedia ajuda em casas vizinhas, mas sempre conseguia finalizar o trabalho. Não era fácil, mas eles, com muita competência, resolvia os problemas”, explicou.
O deputado estadual Agnelo Alves falou com emoção sobre a vida daquele que ele considera um amigo e citou o irmão, Aluízio Alves, ao comentar o falecimento de Ailson. “Nós que fazemos parte da Rádio Cabugi/Globo e Tribuna do Norte nos sentimos um pouco órfãos nesse dia. Sentimos essa perda, assim como sentimos a perda de Aluízio. Ailson era uma das poucas pessoas que tinha como maior qualidade a humildade, embora fosse consciente da qualidade do seu profissionalismo”, falou.
O ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, participou do velório de Ailson e, emocionado, falou sobre o técnico em radiodifusão. “Ailson deixará uma saudade grande. Ele faz parte da história da Rádio Cabugi. Era a cara e alma da rádio, sendo o responsável pela qualidade da transmissão que assegurou a audiência durante esses anos. Ailson deixa uma enorme saudade no meu coração”, registrou.
Ailson Bonifácio do Nascimento era um dos mais antigos e conhecidos técnicos em radiodifusão no Rio Grande do Norte. Ele morreu na noite da última quarta-feira, dia 3, aos 78 anos de idade, após 45 dias internado devido a problemas decorrentes de diabetes. Ele foi a segunda perda este ano da Rádio Cabugi/Globo Natal. Antes, os companheiros de trabalho havia perdido a discotecária Edinalva Moura.
