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Amor, fúria e a eternidade da vida em Gostoso

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A Mostra de Cinema de Gostoso estreou com o pé direito, e realizou sessões à beira mar bastante prestigiadas por moradores e visitantes da mais famosa praia do litoral Norte do RN. Ao todo foram exibidos 51 filmes nacionais (longas e curtas), em três locais diferentes: o Espaço Tear abrigou a mostra infantil; a ong Iasnin recebeu a mostra panorama; enquanto a praia do Maceió foi o cenário da mostra competitiva.
Na Rio de Janeiro de 2096, a guerra é por água potável
As exibições ao ar livre contaram com projeção 2k (2 mil pixel na base), até então inédita no RN, sistema que identifica a definição em alta qualidade da imagem – para os mais curiosos, já existe o sistema 4k e trabalham no 8k.

#saibamais#O VIVER acompanhou as sessões de sexta (22) a domingo (24), e comprovou o vigor e a relevância dos filmes exibidos na primeira edição da Mostra. Destaques para os longas “De Menor” (SP), da diretora Caru Alves de Souza; “O Lobo atrás da porta” (SP), de Fernando Coimbra; “Entre Vales” (SP), de Philippe Barcinski; e a animação “Uma história de amor e fúria” (RJ), de Luiz Bolognesi.

Ancorado na trajetória de um personagem vivo há 600 anos, “Uma história de amor e fúria” passeia por episódios da História do Brasil sob a ótica de pessoas comuns que participaram de  resistências populares e morreram lutando contra os ‘heróis’ que viraram estátuas e nomes de avenidas. A cada novo pulo temporal, o reencontro com a reencarnação da mulher amada.

Cotado para figurar na lista de Melhor Animação no Oscar 2014, o filme de Bolognesi começa com o massacre dos Tupinambás pelos portugueses em 1500 e pouco; atravessa a revolta da Balaiada (1838-1841) no Maranhão; esbarra no cangaço sertanejo; passa pelo auge da ditadura Militar em 1968/70 e pelos conflitos urbanos nas favelas do RJ na década de 1980; até desembocar em uma guerra pela água potável num futuro não tão distante (2096).

Em meio aos recorrentes conflitos, o casal protagonista (vozes de Selton Mello e Camila Pitanga) deixam uma frase para reflexão do espectador: “Viver sem conhecer o passado, é viver no escuro!” Eles conhecem o deles e não vão desistir.

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