Brasília (AE) – O presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), Milton Zuanazzi, disse ontem que problemas nos aeroportos foram provocados por três fatores: fortes chuvas que atingiram São Paulo na quarta-feira à tarde, provocando suspensão de vôos, com reflexos em toda a quarta-feira; problemas técnicos em seis aviões da TAM que levaram ao cancelamento de 26 vôos e queda de um provedor da TAM, no Rio de Janeiro. "Desta vez, é zero a relação dos problemas (de atrasos nos vôos) com os controladores do tráfego aéreo", declarou Zuanazzi, em entrevista coletiva, ao assegurar que "todos poderão passar as festas de Natal e fim de ano com seus familiares em outros Estados", embora ressalvasse que "não pode se responsabilizar pelas excepcionalidades". Apesar da tentativa de garantir a normalidade nos vôos nos próximos dias, o caos dos últimos dois dias mostrou, mais uma vez, a fragilidade do sistema aéreo e despertou temores de que feriados do Natal sejam marcados por filas, longas esperas e muitos transtornos para os passageiros.
A entrevista coletiva, com representantes de todos os setores envolvidos com o funcionamento dos aeroportos, foi convocada por determinação do presidente Lula, que exigiu "informação clara" a todos os passageiros. "Nesta reunião, apertamos os parafusos em relação à sintonia das informações aos passageiros", disse Zuanazzi, assegurando que passageiros agora "não terão mais informações desencontradas nos aeroportos".
O Planalto recebeu com alívio a informação de que, desta vez, os problemas não eram nem do controle do tráfego aéreo, nem de falha nos equipamentos da Aeronáutica. O governo quer que, a partir de agora, cada um assuma responsabilidade pelos problemas enfrentados e apresente rápidas soluções, assegurando informações básicas aos passageiros.
Ontem, coube ao presidente do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas e presidente da TAM, Marco Antônio Bologna, assumir grande parcela na culpa .
