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Ancine divulga estudo sobre o perfil do audiovisual

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A Ancine (Agência Nacional de Cinema do Ministério da Cultura) divulgou esta semana o estudo “Emprego no setor audiovisual”, elaborado pela Coordenação de Análise Técnica de Regulação e pela Secretaria Executiva, a partir dos dados da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais), Registro Administrativo do Ministério do Trabalho. O documento completo está publicado no Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual.

 Com ano-base 2015, o estudo inédito, que passará a ser lançado anualmente, tem como objetivo mapear o perfil do emprego no audiovisual entre os anos de 2007 e 2015. O número de empregos do setor, remuneração média, escolaridade, gênero e distribuição geográfica dos trabalhadores são alguns dos dados divulgados.

O estudo revelou que durante o período analisado o segmento audiovisual com maiores níveis de geração de empregos foi a TV aberta, que apresentou um comportamento majoritariamente ascendente, totalizando, em 2015, 54%. Enquanto a distribuição foi a atividade que menos gerou vínculos empregatícios neste mesmo período.

 As atividades econômicas que mais cresceram em número de empregos gerados no período foram as de produção e pós-produção audiovisual, e exibição cinematográfica. O número de postos de trabalho gerados pelas empresas de produção e pós-produção mais que dobrou, passando de 5.358 empregos gerados em 2007 para 11.252 empregos gerados em 2015. Já as empresas exibidoras tiveram um aumento de 69% no volume de empregos gerados passando de 8.445 para 14.297 empregos gerados no período.

 Com relação à qualificação da mão de obra, o nível médio (completo ou incompleto) de escolaridade foi maioria no setor, que registrou ainda o crescimento em 9% da participação de trabalhadores com nível superior (completo ou incompleto), integrando 42% da participação total. Os trabalhadores com mestrado ou doutorado também viram crescer sua contribuição para o mercado audiovisual, passando de 0,13% em 2007 para 0,45% em 2015. Os acréscimos demonstram uma tendência de aumento no nível de escolaridade da mão de obra.

 As contribuições de homens e mulheres para o setor audiovisual também foram contabilizadas. A predominância masculina (60%) se manteve praticamente imutável entre 2007 e 2015, registrando apenas um ponto de decréscimo nos anos de 2009 e 2014, mesmo momento em que a participação feminina registrou o único ponto de crescimento, alcançando o ápice de 41%. De acordo com o estudo, as atividades de TV aberta agruparam 67% de trabalhadores do sexo masculino, e Operadoras e Programadoras de TV paga, 62% de homens. Os segmentos de Exibição Cinematográfica e Aluguel de DVDs registraram maioria feminina, sendo a primeira com 59% e a segunda com 58% de mulheres.

 A faixa etária do setor se manteve 2 anos mais jovem em comparação a economia brasileira como um todo e, ainda assim, aumentou em 2,2 anos, passando de 32,8 anos em 2007 para 35 em 2015.  Apesar do baixo nível da distribuição na participação do setor (1% do total), a atividade registrou os maiores salários médios mensais (R$ 7.405,00), seguida pelas Programadoras de TV Paga (R$ 6.053) e TV Aberta (R$ 5.309). Em 2015, os homens receberam, em média, R$ 3.526,00 enquanto as mulheres, R$ 3.051,00, o que representa uma diferença de 13%.

 Entre os anos de 2007 e 2015 o setor audiovisual concentrou 61% dos empregos na região Sudeste. Após oscilação nos anos anteriores, a região Nordeste figura com a segunda maior participação (14%), seguida da região Sul, com 12%. A região Norte registrou a menor participação em todo o período, porém apresentou um crescimento de 50% na contribuição ao número de empregos totais, passando de 4% em 2007 para 6% em 2015.

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