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Andréia será sepultada hoje no RS

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VELÓRIO - Corpo de Andréia foi levado para Três Cachoeiras de carro

Porto Alegre – Depois de doze horas de vôo e duas escalas, na Bahia e em São Paulo, o avião da Força Aérea Brasileira (FAB) vindo de Natal (RN) trazendo o corpo da dona de casa Andréia Rodrigues, 37 anos, pousou, às 19h30 de ontem, no Aeroporto Internacional Salgado Filho, na Capital. No portão 4, familiares aguardavam para o cortejo improvisado até Três Cachoeiras, no Litoral Norte, onde será sepultado, na manhã de hoje, no Cemitério Municipal. O delegado potiguar que investiga o caso, Raimundo Rolim, acompanhou o traslado. Hoje, ele deve ouvir familiares do sargento da Aeronáutica Andrei Bratkowski Thies, 35 anos, que confessou com o pai, Hamilton Thies, ter matado Andréia em 22 de agosto.

 “Ela queria voltar para cá. Ele (Andrei) disse que ela só voltaria morta em um caixão. Infelizmente, o que ele disse, ele cumpriu” desabafa a irmã de Andréia, Priscila Rodrigues de Rodrigues.

A estada de Andréia em Natal durou 10 meses. Segundo familiares, a decisão de ir para o Rio Grande do Norte atendeu ao pedido do militar, também gaúcho, que havia conseguido transferência para a Base Aérea de Natal. Os pais de Andrei, no entanto, eram contra o relacionamento, conta Priscila.

 Andrei levou seus pais para lá antes de se mudar com Andréia. “A vida dela era um inferno. Eles pegaram os documentos dela para que não voltasse com Andriéli, um ano, e Andressa (filha do primeiro casamento de Andréia), 12 anos, para Porto Alegre” conta a irmã.

Segundo o delegado, que assumiu o caso no trigésimo dia de desaparecimento da dona de casa, o depoimento da filha mais velha da vítima foi decisivo na elucidação do caso.

Entrevista

Raimundo Rolim – Delegado

Raimundo Rolim: “Vamos ouvir familiares para coletar informações”

Titular da Delegacia de Homicídios de Rio Grande do Norte, o delegado Raimundo Rolim acompanhou ontem o traslado do corpo de Andréia Rodrigues e interroga hoje familiares do sargento da Aeronáutica Andrei Bratkowski Thies, marido da vítima, que confessou participação no crime.

O que o senhor veio fazer na Capital gaúcha?
Vim ouvir a irmã do sargento, a Viviane Thies, e a tia dele, Maria de Lurdes Coutinho. Em depoimento, ele confessou que elas ficaram sabendo do crime no dia que ocorreu. Para isso, contamos com apoio da Polícia Civil gaúcha, que intimou as duas que serão ouvidas amanhã (hoje), às 8 horas, no Palácio da Polícia. Elas podem ajudar a esclarecer os motivos que levaram à morte de Andréia.

Quais a motivação para o crime?
Acredito que possa ter sido premeditado, mas estamos investigando todas as hipóteses. Por exemplo, já é certo que a família não queria que ela voltasse para Porto Alegre trazendo a filha do casal, Andrieli, um ano. Ela queria voltar, mas estava sofrendo pressão para ficar em Natal ou voltar para o Sul sem a menina. Sabemos também que o sargento teria pressionado Andréia, que estava grávida, a fazer um aborto. Ela foi obrigada por ele a pintar o cabelo e tomar remédios para induzir o aborto. Já temos provas disso. Ele dizia que não tinha como sustentar mais uma criança.

A polícia potiguar localizou apólices de seguro de vida em nome do casal?
Sim, em uma nova busca na casa de Andrei, localizamos apólices de seguros. Estamos contatando as seguradoras para saber detalhes do contrato, as cláusulas e quem é beneficiário de quem.

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