Brasília – A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu prorrogar desde ontem e até o dia 27 deste mês o prazo para o envio de contribuições no processo de audiência pública a que foi submetida a proposta da agência de alterar os critérios para o cálculo da capacidade real de geração das usinas termelétricas. Segundo a agência, o prazo foi prolongado a pedido das empresas do setor, que queriam mais tempo para enviar as contribuições.
O aviso do adiamento foi publicado na edição de otem do Diário Oficial da União. Uma das propostas prevê que o Operador Nacional do Sistema (ONS) deverá calcular mensalmente a capacidade de geração das usinas, considerando a real disponibilidade de combustível, e retirar do planejamento do setor a energia que não está sendo gerada por falta de gás natural.
A Aneel está preocupada, principalmente, com o fato de usinas termelétricas movidas a gás não terem conseguido atender despachos de energia solicitados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) entre setembro e o início do mês, justamente por falta de gás. As termelétricas são acionadas quando os reservatórios das hidrelétricas estão mais baixos. A menor disponibilidade de geração por térmicas a gás pode levar ao acionamento de termelétricas movidas a combustíveis mais caros, como carvão e óleo diesel, pressionando o custo da energia como um todo.