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Anfavea pede câmbio menos volátil e queda na taxa de juros

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NEGOCIAÇÃO - Meirelles se diz confiante com rumos da economiaSão Paulo (AE) – O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Rogelio Golfarb, apresentou ao presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, propostas em que a indústria automotiva defende um câmbio menos volátil, que permita aos investidores fazer previsões com menos insegurança.

De acordo com ele, o setor enfrenta um momento de transição. Após 1997, quando houve o recorde histórico de vendas no mercado doméstico, o número de veículos vendidos passou a crescer menos do que o esperado e a indústria automotiva se respaldou nas exportações, aproveitando as benesses do real desvalorizado.

Hoje, segundo Golfarb, a realidade mudou. “Mas a dificuldade maior é a volatilidade.” Em relação aos juros, a Anfavea mantém a reivindicação de queda constante, mas também é contra movimentos bruscos. “Quanto mais rápido o juro baixar, melhor; mas o importante é ter uma trajetória previsível.”

As propostas foram apresentadas na sexta-feira, na reunião entre o presidente do Banco Central e 30 dirigentes de indústrias automotivas do Brasil. Agendada há tempos, o encontro coincidiu com uma semana turbulenta para o mercado financeiro. Um momento de especial ansiedade para executivos que decidem investimentos que, aplicados hoje, só terão retorno dentro de cinco ou sete anos.

Segundo Golfarb, os dirigentes ouviram de Meirelles palavras de tranqüilidade em relação à continuidade do crescimento macroeconômico e a garantia de que a inflação continuará controlada. Não houve discussão sobre questões paliativas ou medidas de emergência. “O segmento está muito preocupado, mas nota-se tranqüilidade em relação à expansão econômica sustentada”, disse Golfarb.

De acordo com ele, o objetivo era obter um cenário para a expansão das vendas no mercado interno. Segundo Golfarb, com as exportações se desacelerando, as vendas domésticas serão “a âncora” do setor automotivo mais do que nunca. Embora as vendas dos automóveis estejam subindo, as de máquinas agrícolas e caminhões estão em queda, fato que é uma das maiores preocupações do setor hoje. No encontro, não foram debatidos problemas pontuais de montadoras como a Volkswagen e a GM, que anunciaram corte de empregos.

Após a reunião, em São Paulo, o presidente do BC declarou que a grande solução para a queda de empregos é o crescimento econômico, que se manterá “robusto”, nas suas palavras. “Cada setor enfrenta um desafio, com redução de custos e competição”, disse. A indústria automotiva responde por 5% do PIB do País e por 7% do pagamento de impostos.

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