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Ano de 2018 foi o mais quente para os oceanos

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O ano de 2018 foi mesmo o mais quente já registrado para os oceanos. Em
apenas uma semana, dois estudos publicados em revistas científicas de
peso apresentaram esta mesma conclusão. Um trabalho divulgado nesta
quarta-feira, 16, aponta que o aumento do calor medido em 2018, em
relação a 2017, é 388 vezes maior do que toda a geração de eletricidade
da China no ano retrasado – e cem milhões de vezes mais do que o calor
gerado pela bomba de Hiroshima.

De 2014 a 2018, conforme estudos, as temperaturas dos oceanos no mundo não pararam de subir


De 2014 a 2018, conforme estudos, as temperaturas dos oceanos no mundo não pararam de subir

Os anos de 2017, 2015, 2016 e 2014
(nesta ordem) foram os mais quentes dos registros, mostrando uma
tendência clara de aquecimento. Os resultados foram baseados em análises
de temperatura feitos pelo Instituto de Física Atmosférica e a Academia
Chinesa de Ciências. Na semana passada, estudo mostrou que os oceanos
estão se aquecendo de modo acelerado.

O novo trabalho publicado na
revista “Advances in Atmospheric Sciences” lança nova luz sobre como a
temperatura das águas oceânicas vem mudando ao longo dos anos. A mudança
na quantidade de calor é considerada uma das melhores – se não a melhor
– forma de medir as mudanças climáticas provocadas pelos gases do
efeito estufa emitidos por atividades humanas.

Os oceanos cobrem 70%
da superfície da Terra e absorvem mais de 90% do calor excedente das
mudanças climáticas. Além disso, segundo os cientistas, o aquecimento
dos oceanos é menos impactado por flutuações naturais e, portanto, é um
importante indicador do aquecimento global, representando também uma
base para ações de adaptação e mitigação.

“Os novos dados, ao lado de
uma vasta literatura sobre o tema, servem como aviso adicional aos
governos e ao público em geral de que estamos vivenciando um aquecimento
global inexorável”, afirmou Lijing Cheng, principal autor do relatório.
“O aquecimento já está acontecendo e causa sérios danos e perdas para a
economia e para a sociedade.” Segundo Cheng, medidas devem ser tomadas
imediatamente para minimizar as tendências de aquecimento.

Nível do mar
Os
pesquisadores também frisam que o aumento do calor nas águas oceânicas –
que, segundo eles, vai continuar a aumentar – deve ser motivo de
preocupação da comunidade científica e do público em geral. Isso porque o
aumento da temperatura das águas resulta em aumento do nível do mar.
Exemplos desses problemas são a contaminação de água potável com água
salgada e o comprometimento de infraestrutura nas áreas costeiras.

Uma
outra consequência importante é que o aumento da temperatura da água
afeta diretamente o sistema climático global, provocando tempestades
mais intensas e chuvas mais pesadas, bem como secas e ondas de calor.
Outro resultado nefasto é o branqueamento e a morte de corais e o
derretimento do gelo marinho.

Para os cientistas, compreender o
impacto do problema pode ser uma ferramenta importante para a indústria
pesqueira e do turismo, por exemplo. “Essas informações podem ajudar o
público em geral e os governos a tomar decisões mais embasadas e criar
um futuro sustentável para todos nós.”

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