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Ao meu pai

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Garibaldi Alves Filho
Ex-senador da República
Meu pai, Garibaldi Alves  — que ontem completou 97 anos, com uma trajetória de dedicação à família e ao povo do nosso Estado como homem público — tem sido o grande exemplo para minha vida. Durante todos os cargos e mandatos que exerci, tive a precaução e a prudência de recorrer aos conselhos e ensinamentos dele. Sempre me incentivou nas horas mais difíceis, não deixando que o desânimo tomasse conta do meu espírito nas circunstâncias de maior provação frente aquelas imensas responsabilidades. 
A bondade e o amor ao próximo fizeram com que ele se mostrasse sempre solidário aos mais pobres, aqueles que moram no interior, na sua região Central, na cidade de Angicos, onde nasceu, dedicando-se depois com igual solidariedade ao povo de Pedro Avelino e Afonso Bezerra. 
Os programas do meu governo, como o do Leite e o das Adutoras tiveram o seu apoio, entusiasmo e inspiração. E, nas muitas inaugurações, eu olhava para o seu semblante e o percebia orgulhoso do filho e daquelas realizações. Lembro-me bem da sua emoção quando lhe contei das famílias que receberem a água jorrando pelas torneiras das suas casas. 
Tendo exercido cargos relevantes — chegando  a ocupar os mandatos de  deputado estadual, vice-governador, governador e senador — é preciso destacar a ação moderadora que fez prevalecer na sua atuação. Sempre buscou a paz nos momentos de maior tensão política do Estado. Dizia que a sua atuação da vida pública se devia à solidariedade ao irmão Aluízio Alves, o maior líder político do Estado nas últimas décadas. Não são poucos os amigos que se recordam dele sempre tornando relevante esse perfil de homem público atuante. Assim, todos que conviveram com ele, nos períodos nos quais esteve no exercício dos cargos públicos, têm na memória um político voltado à conciliação, ao diálogo, mesmo nas conjunturas em que havia acirramento de eventuais disputas que marcaram a história do Rio Grande do Norte nestas décadas. 
Mas, até agora, fiz menção à presença do meu pai como homem público. Na verdade, ele também se dedicou ao exercício da agricultura e da pecuária. Durante muitos anos foi um plantador de algodão e pecuarista, enquanto havia a percepção de que o primeiro seria a grande vocação econômica da região a qual se dedicou com esta atividade. Lutou obstinadamente pelo não desaparecimento daquela cultura. Hoje, a região Central está sendo ocupada pela energia eólica. Mas, independente da atividade econômica, ele se mostrou, e se mostra, confiante no desenvolvimento do nosso Estado e na capacidade do nosso povo para superar dificuldades. A verdade é que toda essa dedicação ao RN é um verdadeiro exemplo. E uma demonstração de generosidade, respeito, serenidade e capacidade de realização. Algo que não só eu, mas também os demais filhos, Paulo Roberto Chaves Alves, Maria das Graças Alves Emerenciano e Maria Auxiliadora Nelson dos Santos têm como referência. 
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