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Aplicações em política social aumentam 146%

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Os recursos aplicados pelo governo federal em políticas sociais registraram aumento real, já descontada a inflação, de 146% nos últimos 15 anos, entre 1995 e 2009, de acordo com estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O montante passou de R$ 219,7 bilhões em 1995 para R$ 541,3 bilhões em 2009, diz o estudo.

O Ipea considera como políticas sociais gastos em itens como alimentação e nutrição, assistência social, benefícios a servidores federais, educação, habitação, previdência social, saneamento e saúde. O percentual de crescimento real dos gastos foi obtido, conforme o Ipea, considerado a inflação pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

De acordo com o instituto, em 1995, os gastos com o social representavam 11,24% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Em 2009, o percentual passou para 15,8%, tendo o maior percentual dos últimos 15 anos, mesmo apesar de ser um ano em que o país enfrentou dificuldades por conta da crise financeira internacional, destacou o Ipea.

“Isto demonstra que a prioridade macroeconômica do gasto social federal elevou-se, ou seja, o volume de recursos destinado às políticas sociais federais cresceu ante o conjunto de recursos totais disponíveis na economia”, afirma relatório do Ipea.

De acordo com o estudo, os anos de maior crescimento do investimento federal no social foram entre 1996 e 1997 e entre 2006 e 2007.

“É perceptível também que a importante elevação do GSF ocorrida de 1995 a 2003 sofre uma considerável inflexão a partir de 2004, acelerando bastante a trajetória, a ponto de que cerca de 2/3 do crescimento acumulado nos últimos 15 anos se deu a partir de 2004”, diz o Ipea. Sobre o percentual de investimentos em relação ao PIB, o Ipea diz que houve queda entre 2006 e 2008 e crescimento “inédito” em 2009.

“Esse movimento merece um olhar mais cuidadoso. É importante ressaltar que a estabilidade do gasto social federal em termos do PIB ocorreu apesar de um ritmo acelerado de crescimento em termos per capita. Ou seja, os gastos sociais continuaram crescendo, mas não a ponto de exigir uma parcela maior do PIB para tal. Esse aparente paradoxo se explica pelo ritmo mais pujante de crescimento da economia brasileira que ocorria então. Com o PIB crescendo rapidamente, foi possível absorver um gasto social federal maior sem que isso acarretasse um esforço maior para a economia em seu conjunto”, explica o instituto.

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