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Aprovados em concurso não recebem laudo médico

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COMISSÃO - Dalva Lúcia diz que professores não serão prejudicadosOs aprovados no Concurso Público Estadual para professor efetivo vêm tendo dificuldades em receber o laudo médico que confirma a nomeação deles. Desde ontem a comissão, nomeada pela Secretaria Estadual da Administração e dos Recursos Humanos (SEARH), para avaliação médica resolveu não mais entregar os laudos, que confirmam a nomeação dos professores, pois não há médicos suficientes para tal demanda.

Só em Natal, devem se dirigir 637 professores com cerca de dez exames cada um para fazer a avaliação médica. A presidente da comissão, Dalva Lúcia Limeira, explicou que foram selecionados cinco médicos para avaliar os exames e ela, como presidente, para revisar o parecer e dar o resultado final.

Entretanto, um deles não informou o motivo de sua ausência e não têm comparecido. “Desse modo, ficou difícil só com quatro médicos e eu optei a também fazer a avaliação. Para emitir o laudo precisamos da avaliação e revisão. Não está sendo possível realizar esses dois trabalhos por uma só pessoa”, explica Dalva.

Inicialmente, foi colocado um prazo de oito dias para a apresentação dos aprovados no concurso em Natal, na escola Edgar Barbosa, entre os dias 15 e 24, e um dia depois da apresentação, seria entregue o laudo. Por ora, não há previsão de quando será possível recomeçar a entrega deles nem se sabe mais se haverá uma prorrogação oficial, mas Dalva Lúcia explica que nenhum dos professores será prejudicado.

Para serem nomeados, necessitam do resultado desses laudos, ou seja, eles só receberão essa nomeação com o fim do trabalho da junta médica. Ela explica ainda que é muito importante esse parecer, pois em alguns dos exames já analisados, encontraram casos de hipertensão, hiperglicemia e até suspeita de câncer. “Só passando com o laudo positivo pode-se ter a nomeação dos professores”, finaliza ela.

Além disso e da demora no atendimento, que estava marcado para iniciar às 8h mas só tiveram informações às 11h, também há a reclamação da confusão que foi feita entre as datas. De acordo com o Diário Oficial do Estado, publicado no dia 14 deste mês, os professores tinham 60 dias para se apresentarem com a documentação e uma bateria de exames exigidos.

“Se temos 60 dias para apresentação, como em dez dias tivemos que realizar e trazer todos os exames? Agora nem vamos mais receber o resultado na data determinada no Diário Oficial”, reclama a professora de Artes, Rosane Félix. Os médicos da comissão dizem que na semana passada não tiveram quase nenhum atendimento, pois os professores não compareceram trazendo os exames. “Só nesta semana é que vieram todos de uma vez e isso complicou para nós”, disse Dalva.

O professor de química Edilson Júnior explica, entretanto, que foi pedido um número muito grande de exames para um tempo muito pequeno. “Muitos de nós não têm plano de saúde, os exames são caros e difíceis, outros professores vêm do interior e complica ainda mais, pois estão aqui exclusivamente para entregar os exames e receber o laudo e não têm como esperar um tempo indeterminado” diz Edilson.

Dalva Lúcia não sabe como será resolvida a questão, pois depois da comissão realizar os trabalhos em Natal, até essa sexta, eles partem para o interior e farão o mesmo nessas outras cidades, ficando por lá até o fim de março. A SEARH afirmou que as declarações da presidente da comissão, Dalva Lúcia, estão de acordo com o que vem acontecendo e o prazo do Diário Oficial permanece sendo feito o máximo para finalizar o trabalho até sexta-feira.

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