A chapa esquentou após a derrota do Potiguar para o América por 2 x 1 na quarta-feira à noite, no estádio Nogueirão, em jogo em que marcou a estréia do time mossoroense no Estadual. Quando deixava o estádio para caminhar até o seu carro, que estava em frente a uma delegacia de polícia próxima ao campo, o assistente de árbitro, Júlio César Beck, sacou de uma arma contra alguns torcedores que o hostilizavam.
Beck trabalhou como assistente 2 na partida, ao lado de João Gomes Neto e do árbitro Reginaldo Gomes. Beck foi alvo da ira dos torcedores por não ter levantado a bandeirinha no lance do segundo gol do América marcado por Rodrigo Paulista, que estaria a frente da zaga alvirrubra, impedido.
A reação de Beck pode implicar em uma possível transação penal na medida em que o torcedor Carlos Alberto, de 45 anos, procedeu, através do seu advogado, a abertura do Termo Circunstâncial de Ocorrência (TCO) pela prática de crime de ameaça. O TCO seria encaminhado ontem ao Juizado Especial Criminal para um parecer do Ministério Público.
O secretário-geral da Federação Norte-rio-grandense de Futebol (FNF), Thiago Cavalcanti, disse não ter sido notificado do caso, mas acredita que se o problema transcorreu fora do campo é mais uma questão de Justiça Comum. “Não conheço o caso e não vou me pronunciar”, afirmou.
