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Área do Baldo é marcada por deteriorização e abandono

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DESCASO - Prefeitura não tem projeto para minimizar os problemas enfrentados pela população no BaldoNão é de hoje que a região próxima ao Viaduto do Baldo vem sofrendo por deterioração, tampouco é agora que se passou a atingir a população e parece que assim pode continuar por um bom tempo. Toda a estrutura de calçadas, paradas de ônibus, sinalização, iluminação e segurança são alvos de reclamações de quem circula no local diariamente. Entretanto, nem a Prefeitura ou as secretarias municipais tem projetos para revitalizar ou ao menos minimizar os problemas.

Abaixo do Viaduto, muitas pessoas convivem com o abandono estrutural. O desempregado Antônio (que se identificou apenas com o nome), por exemplo, cita que as paradas de ônibus estão deterioradas, sem proteção ou assento e uma goteira que incomoda constantemente, impossibilitando de permanecer em uma parte do ponto. O proprietário de uma das bancas na rua, Jânio de Oliveira Andrade, diz que trabalha pela manhã no local há 15 anos e os problemas são freqüentes e repetitivos.

Ele cita que sua banca foi arrombada durante a noite há cerca de um mês e relata que a falta de luz em baixo do viaduto ajuda nestas ações. Além disso, mostra um grande afundamento na calçada, ao lado do ponto de ônibus, o que traz riscos de acidentes aos transeuntes ou impossibilidade de circulação aos deficientes. Por fim, ele relembra que quando chove, a rua fica intransitável para os veículos de menor porte, pois a água alaga grande parte da avenida e chega mesmo a bater em seu ponto comercial.

Para a estudante de 16 anos, K.L., o maior problema está na insegurança dos pedestres na avenida e a falta de estrutura nas paradas de ônibus, que não protege contra chuvas e o perigo durante a noite. “Eu só estudo pela manhã, mas tenho colegas que pegam ônibus de noite e já foram assaltados”, conta ela. Além disso, pode-se observar no local um grande número de placas que estão cobertas com propagandas, lixo nos canteiros – não há lixeiras nas calçadas -, os carros descem a avenida em alta velocidade, trazendo riscos aos pedestres que atravessam a via correndo – sem faixa.

Aparentemente, entretanto, apenas freqüentadores assíduos percebem isto, pois, de acordo com a assessoria da Prefeitura do Natal, não existe projeto algum que junte todos os problemas em uma ação de melhoria nem sequer tem conhecimento de tantas reclamações. O mesmo afirma o Secretário Municipal de Obras e Viação, Damião Pita, mas aconselha a população a procurar a Semov qualquer dia útil, a partir das 7h, ou pelo telefone 3232.8101 com a reclamação. “Deste modo, podemos marcar uma visita ao local e fazer uma vistoria e, possivelmente, entrar em ação”.

A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos e a de Meio Ambiente e Urbanismo (Semsur e Semurb) não possuem tampouco projeto algum voltado à região do Baldo no momento. A Semsur diz ainda que não possui orçamento voltado a manutenção das calçadas na cidade. Já a Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito Urbano (STTU) reconhece a complexidade do problema e explica que algumas ações vêm sendo feitas. Por exemplo, foi colocada, refeita e pintada uma lombada com o intuito de diminuir a velocidade dos carros na via. Além disso, existe sinalização horizontal com velocidade máxima permitida de 30 Km/h e está sendo realizado um estudo para viabilizar uma passarela de pedestres.

“Não tem como colocar uma faixa no local e o projeto que defendemos da passarela, com a comunidade, ainda não foi concluído, pois é necessário um estudo profundo com circulação de veículos e pedestres”, afirma o técnico do Departamento de Planejamento da STTU, Walter Pedro. A Urbana, responsável pelos cuidados com o lixo na cidade, também está ciente da situação.

“Diariamente temos caçambas que recolhem o lixo na área, mas é difícil conscientizar os carroceiros que despejam nos terrenos próximos e acabam chegando à rua”, diz o diretor de Operações da Urbana, Sérgio Aragão. Entretanto, ele informou que será feito uma fiscalização na área para notificar os proprietários (caso seja particular) e informar da proibição de despejo de lixo com pinturas. Sérgio finaliza citando que pode ser estudado ainda a possibilidade de implantar uma Unidade de Recebimento de Pequenos Volumes no local. Por meio disto, os carroceiros poderiam descarregar dejetos na área, mas sob cuidados de funcionários da Urbana, com posterior carregamento do lixo.

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