terça-feira, 23 de abril, 2024
29.1 C
Natal
terça-feira, 23 de abril, 2024

Arena do Dragão será em Extremoz

- Publicidade -

Itamar Ciríaco
editor de Esportes

“Os negócios estão bastante adiantados. Ainda não fechamos o acordo, mas temos uma equipe grande de engenheiros e arquitetos aprontando o projeto do CT e do estádio do América”. A frase é do empresário Paulo de Paula, que deve fechar com o Alvirrubro um negócio para trocar a área do CT do clube, em Parnamirim, por um novo CT com padrões internacionais e um estádio de futebol com capacidade para 10 mil pessoas, às margens da rodovia federal BR-101, próximo a Pitangui, no município de Extremoz.

Estádio ficará próximo a um dos maiores resorts do NordesteA empresa de Paulo de Paula é proprietária de uma área de 2.500 hectares em Pitangui. Parte deste terreno, que fica às margens da BR-101 seria o local escolhido para os empreendimentos esportivos do América: estádio e Centro de Treinamentos. Ao todo são 21 hectares. O CT Alvirrubro, em Parnamirim, atualmente possui 22 hectares.

Apesar de enfatizar que o negócio entro o Alvirrubro e empresa Sociedade Potiguar de Empreendimentos – SPEL ainda não estaria fechado, o empresário Paulo de Paula se mostrou empolgado com as construções, principalmente com o CT. “Vamos construir um CT nos padrões internacionais determinados pela FIFA. Com certeza, o América vai ter condições de receber uma das seleções que virão jogar a Copa de 2014, em Natal”, revelou.

De acordo com o empresário, o projeto está nas mãos do arquiteto Marco Aurélio. “É um negócio viável, claro que ainda estamos aprofundando os estudos. Mas não começamos esse projeto agora. Há muito tempo estamos debatendo com os dirigentes essa possibilidade e por isso enviamos um grupo nosso até a África do Sul para que fossem  observados os Centros de Treinamento de lá”, antecipou.

A Arena do Dragão também está incluída na transação entre o América e a empresa SPEL. O estádio ainda não estaria com o projeto arquitetônico concluído, mas, segundo Paulo de Paula, este trabalho está bastante adiantado e a capacidade, em princípio, será para 10 mil torcedores. “Será um belo estádio e com uma localização muito boa. Para você ter uma ideia, estará a 14km da nova ponte da Redinha, com pistas duplicadas e nenhum semáforo, o que garante a fluidez do trânsito. É a mesma distância de Petrópolis ao estádio do ABC”, complementou.

Paulo de Paula não quis revelar os valores envolvidos na transação, nem se o América receberia, além do estádio e o CT, alguma compensação a mais de ordem financeira.

Estádio ficará próximo a um grande resort

A crise financeira que se abateu sobre a Europa esfriou a corrida imobiliária no litoral do Rio Grande do Norte. No entanto, na área contígua a que será provavelmente ocupada pelo futuro estádio do América deverá ser  construído um dos maiores resorts do Nordeste brasileiro.

A obra, originalmente chamada de Grand Natal Golf, compreende uma área de 2.025 hectares e também é de propriedade da SPEL, responsável pelo desenvolvimento do empreendimento Pólo Turístico Ecológico e de Aventura de Pitangui e Jacumã, localizado nos municípios de Extremoz e Ceará-Mirim.

Parte deste terreno, inclusive chegou a ser motivo de uma pendenga judicial, quando antigos herdeiros da área questionaram, na justiça, a legalidade da escritura em nome do empresário Paulo de Paula e da empresa SPEL. Em 2010, os desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte deram ganho de causa em favor da SPEL, confirmando sua propriedade. Os desembargadores alegaram prescrição do direito dos herdeiros para tomar a decisão.

A obra do Grand Natal Golf, que ainda não foi iniciada, também enfrentou problemas com as promotorias do Meio Ambiente, que levaram a construtora a assinar um termo garantindo que irá preservar as áreas de dunas e o entorno da Lagoa de Pitangui, permitir acesso gratuito da população à lagoa e vias de acesso ao mar, destinação de um local para área de embarque e desembarque dos bugueiros e demais veículos de transporte de turistas e visitantes para essas áreas de maior fragilidade ambiental (Dunas Douradas e Lagoa de Pitangui) e a retirada do projeto original de dois campos de golfe, além da ampliação das áreas de preservação. Outra medida à ser tomada pela empresa, no que diz respeito ao resort, fala em compensação socioeconômica para a população do entorno.

- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas