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Armas de ataque e defesa

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Alex Medeiros
Segunda-feira, as redes sociais no mundo todo se encheram de reações a uma imagem de um casal armado, na entrada da sua residência, apontando um fuzil e uma pistola para manifestantes do movimento que reage à morte de George Floyd, assassinado por um policial em 25 de maio, nos EUA. No clima de confronto ideológico que não cessa, a cena alimentou a ira da militância de esquerda que atua diariamente no Twitter e na imprensa tradicional do Brasil.
Sabe-se que a posse de arma é um dos símbolos da nação mais poderosa e também mais aberta do planeta. Aliás, ter arma por lá é cláusula pétrea na Constituição, inserida nos primórdios da independência do país, quando os chamados “pais fundadores” escreveram a primeira redação da carta magna. O fundamento para o direito às armas é uma salvaguarda para um povo estar preparado se algum regime autoritário se voltar contra os próprios cidadãos.
Cada vez que ocorre algum crime com requintes de crueldade em território americano, uma parcela democrata e a minoria de esquerda estimulam o debate com objetivo de convencer a sociedade a abdicar do secular direito.
Obviamente que a expressiva maioria do país não acata a ideia, se manifesta em quase silêncio quebrando a ressonância dos apelos. Mas com a morte de Floyd, repetiu-se como nos anos 1960 um grande protesto em favor da paz.
Mas, como em toda conjuntura de cotejamento ideológico, as partes dispensam o espelho da razão e refletem apenas o lado de cada um. A defesa pode ser ataque, o ataque vira defesa, dependendo do ângulo do interesse político.
No Brasil, por exemplo, quase nenhum veículo de imprensa tradicional citou que o casal Mark e Patrícia McCloskey, em Portland, reagiram a uma ameaça de invasão e depredação do seu patrimônio. Alguns ativistas entraram na casa.
Da mesma forma, nos EUA, grande parte da mídia silenciou e omitiu a folha policial de George Floyd, que em 2007 foi sentenciado a 5 anos de prisão por roubo e drogas e ainda por encostar um revólver na barriga de uma grávida.
Qualquer que tenha sido a violência praticada por ele no passado, não justifica de forma alguma a maneira covarde como o policial o assassinou. Vai ter que pagar o crime como o próprio Floyd pagou um dia. Mas, voltemos ao casal.
Alguns jornais brasileiros, como a Folha, utilizou as palavras “casal branco” com o propósito evidente de manipular a interpretação dos leitores incautos e vender o conteúdo ideológico para inserir o ato como agressão aos negros.
As bancadas dos programas do canal GloboNews, por exemplo, onde há tempo não existe o contraditório, virou clube de camaradas, tenta incutir nos assinantes que armas são coisas de republicanos, uma calibrada fake news.
Acompanho diariamente as repercussões das manifestações nos EUA e vejo o viés ideológico ludibriando negros e brancos. O que não apaga minha convicção da covardia do policial Derek Chauvin, carrasco de George Floyd.
E apesar de tudo, também não considero comparações humanas e biográficas do morto com o ícone dos direitos de negros e brancos Martin Luther King, cuja índole jamais permitiria ameaçar um tiro numa mulher prestes a dar a luz. 
ABC Live
Eu me equivoquei na nota de ontem. A live com Rubinho Lemos e Sergio Trindade é hoje, 19h, nos perfis de ambos no Instagram (@rubens_lemos) @sergiobtrindade). Um papo sobre os elencos alvinegros de 1973 e 1983.
Absurdo
Agora é oficial. O Brasil é o paraíso para gringo canalha d criminoso. O STF proíbe a expulsão de estrangeiro com filho brasileiro, para garantir “o interesse afetivo da criança”. Nesse caso nenhum pai nativo deveria ser preso. Né, não?
Covidão
Ontem o café da manhã da PF foi na soleira do governador do Amazonas, suspeito nos desvios de verbas dos respiradores, um crime que se espalhou pelos demais estados. Só falta bater nas portas do clube de um tal consórcio.
De J. R. Guzzo
“Na vida real, quando se deixa de lado o que está sendo dito e se passa ao que está sendo feito, o fato que fica realmente claro é o seguinte: nesta história toda, as únicas ofensas comprovadas à democracia foram praticadas pelo STF”.
Homenagem
O artista plástico Alfredo Neves prestou um belo tributo ao colega Carlos Soares, que foi sua referência no princípio da carreira. Em sua coluna do site Potiguar Notícias, escreveu um perfil biográfico do grande e saudoso artista.
Quadrinhos
Tem uma baita entrevista no site navegos.com.br, do jornalista Franklin Jorge, com o potiguar Wendell Cavalcanti, um craque da HQ que atualmente desenha O Fantasma, herói que ele conheceu nos anos 80 nos sebos do Alecrim.
Segredo
O filme é de 2007, produzido em Taiwan, mas só há pouco tempo atraiu a atenção de muitos cinéfilos do Ocidente. Em “Secret”, um piano desperta o amor num casal com 20 anos de distância. E tem Alice Tzeng, musa da Ásia. 
A bola rola
Depois do almoço até ao fim da noite. Arsenal x Norwich, Everton x Leicester, West Ham x Chelsea, Valencia x Athletic Bilbao, Inter x Brescia, SPAL x Milan, Sporting x Gil Vicente, Flamengo x Boa Vista e Portuguesa x Botafogo. 
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