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Arquitetos se unem em prol da sede própria do GACC

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VOLUNTÁRIOS - Suzana Alves (primeira à esquerda) é quem está fazendo o contato com os arquitetosA causa é tão nobre que conseguir novas pessoas dispostas a abraçá-la se torna uma tarefa não muito difícil. Ao mesmo tempo é preciso sempre mais ajuda, não importa quanto já se tenha.

É bem por aí quando se fala no trabalho do Grupo de Apoio à Criança com Câncer (GACC), instituição sem fins lucrativos que dá assistência integral a crianças e adolescentes portadores de câncer.

O número de voluntários vem aumentando e fazendo a instituição crescer. É graças ao engajamento dessas pessoas e também às doações que o GACC conta hoje com um terreno para a construção de sua sede própria.

As obras já tiveram início. O dinheiro para pagar a mão-de-obra foi doação de um grupo italiano que atua no ramo de construção civil — o IBM 32. Agora é a vez dos arquitetos abraçarem a causa. A idéia é que os 71 ambientes do prédio sejam projetados e montados com o trabalho voluntário dos profissionais da área de arquitetura. Cerca de 40 já se comprometeram a doar parte de seu tempo à causa. É preciso mais ainda.

Por isso, amanhã, a partir das 8h, na atual sede do GACC (rua Jundiaí, 453, Tirol), os voluntários promovem um café-da-manhã com a finalidade de buscar a adesão de mais profissionais de arquitetura.

“Não importa quanto já se tenha, sempre é preciso mais ajuda num trabalho como esse”, diz a jovem arquiteta Jamile Moura. Ela foi a responsável pela idéia de juntar os arquitetos para viabilizar a parte interior da sede própria do GACC.

Voluntária da instituição há seis anos, Suzana Alves foi a pessoa que ficou com a tarefa de convencer os arquitetos a participar. “Não tive dificuldades. Todos com quem falei acenaram positivamente”, conta Suzana. Nesse primeiro contato, 36 arquitetos aderiram à causa prontamente. A maioria deles conheceu o projeto da sede na segunda-feira da semana passada (19/03), numa reunião realizada na loja Oficina Interiores. Na ocasião, muitos definiram os ambientes pelos quais vão ficar responsáveis.

Entre os que já aderiram à causa, está o experiente arquiteto Getúlio Madruga. Ele lembrou da facilidade que os profissionais da área têm para conseguir, junto aos fornecedores, o material necessário usado nos ambientes. “Nós abrimos muitas portas”.

Getúlio, inclusive, prometeu levar a UFRN, instituição da qual é professor, para dentro do projeto. O Sindicato da Indústria de Construção Civil do RN (Sinduscon) também já manifestou total apoio.

A arquiteta Graça Madruga vê no trabalho uma oportunidade ímpar para se engajar numa causa social. “Aqui e ali, a gente faz uma doação, mas não se envolve como é o caso desse projeto. Cada um pode doar um pouco do seu tempo para uma causa nobre como essa. É muito recompensador”.

Atual sede é alugada e não dispõe de estrutura

A atual sede do Grupo de Apoio à Criança com Câncer, na rua Jundiaí, é alugada e pequena, sem a estrutura e o conforto necessários para receber as crianças e adolescentes que procuram assistência. 

Esse é um dos motivos da urgência de se construir a sede própria. A outra razão é o dinheiro doado para pagar a mão-de-obra. Os recursos, doados pelo grupo italiano IBM 32, se esgotam em setembro.

Os arquitetos querem e precisam viabilizar os ambientes nesse prazo. A sede própria será bem ampla, mas tudo muito simples e funcional. Essa é a idéia. Ela terá o nome do italiano Minguzzi Pierpaolo, que morreu de câncer em 1987.

O homenageado pertencia à família que doou o dinheiro para a aquisição do terreno e construção da sede. “Foi o único pedido deles”, disse a diretora do GACC, Maria Bernadete Lopes.

A instituição surgiu em meados de 1988, de uma maneira quase informal: um grupo de funcionários do Hospital Infantil Varela Santiago e familiares de pacientes resolveram trabalhar no sentido de diminuir algumas das carências das crianças que se encontravam em tratamento oncológico no hospital. De lá até aqui, quase 20 anos se passaram.

Atualmente, o GACC dá assistência integral a crianças e adolescentes de 0 a 18 anos portadores de câncer. O número de pacientes atendidos passa dos 180, da capital e interior do Estado.  A instituição sobrevive unicamente da solidariedade dos potiguares, através de doações em dinheiro e de roupas usadas , além da promoção de eventos. Se você deseja ajudar, o telefone é o 3221 5684.

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