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Arrecadação bate recorde

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Brasília (AE) – Puxada pelo aumento da produção industrial, vendas do comércio e massa salarial, a arrecadação de impostos e tributos registrou, em maio, o oitavo recorde consecutivo para o mês. No mês passado, o recolhimento de tributos somou R$ 61,114 bilhões, um aumento real (corrigido pelo IPCA) de 16,55% em relação a maio de 2009. O resultado também foi influenciado pela contabilização de R$ 1,190 bilhão de depósitos judiciais.

Victor Lampert: “Números se referem a crescimento da demanda”Com esse resultado, a arrecadação acumulada de janeiro a maio totalizou R$ 318,003 bilhões em termos nominais e R$ 321,416 bilhões em valores corrigidos pela inflação, o que representa uma alta real de 13,27% em comparação ao mesmo período de 2009.

“A arrecadação em maio se deve ao alto nível de crescimento da demanda da economia e ao aumento do emprego”, destacou o coordenador-geral de Estudos, Previsão e Análise da Receita Federal, Victor Lampert. Ele lembrou que, no mês passado, a produção industrial teve um aumento de 17,40%, o volume geral de vendas de 12,70% e a massa salarial de 15,46%.

Apesar dos sucessivos recordes, a expectativa é de desaceleração da arrecadação, principalmente, no segundo semestre. “Recordes podem se repetir, mas vão ficando cada vez mais difíceis”, ressaltou. O próprio ministro da Fazenda, Guido Mantega, já trabalha com esse cenário. Tanto é que disse recentemente que a economia já não está se expandindo no mesmo ritmo verificado nos três primeiros meses do ano (9%). A acomodação da atividade econômica, que também reflete os aumentos recentes da taxa básica de juros pelo BC, deve impactar no comportamento do recolhimento de impostos. Ou seja, não haveria espaço para ampliações de gastos.

A estimativa de Lampert é que as receitas administradas – todos os tributos menos os previdenciários – tenha uma expansão real entre 10% e 12% neste ano. De janeiro a maio, a alta dessas receitas foi de 11,73%. Considerando a arrecadação total de tributos, o economista da consultoria Tendências, Felipe Salto, estima uma alta real de 8,8% na arrecadação deste ano ante 2009

COFINS

Segundo Salto, a forte arrecadação verificada em maio está de acordo com as estimativas de mercado. “Reflete a retomada da economia, principalmente, das vendas da indústria”, ressaltou Salto. O desempenho da arrecadação da Cofins/PIS-Pasep, que é um termômetro da atividade econômica, comprova isso. Em maio, o recolhimento desses tributos subiu 18,76%, passando de R$ 58,356 bilhões em maio de 2009 para R$ 69,308 bilhões no mês passado.

Balanço de pagamentos cresce 30,8%

Brasília (AE) – O balanço de pagamentos, que registra todas as operações do Brasil com o exterior, teve superávit de US$ 4,56 bilhões em maio, alta de 30,8% em relação ao saldo positivo de US$ 3,49 bilhões obtidos em abril. O resultado também foi o maior desde outubro do ano passado, quando o balanço teve superávit de US$ 9,18 bilhões.

Contribuíram para esse resultado a alta do superávit da balança comercial – que subiu de US$ 1,28 bilhões em abril para US$ 3,44 bilhões em maio – e o crescimento dos investimentos estrangeiros diretos (IED) – que registraram o valor recorde para meses de maio de US$ 3,53 bilhões, uma alta de 59% em relação aos US$ 2,22 bilhões que ingressaram no País em abril. Essa entrada de recursos ficou bem acima do estimado pelo Banco Central (BC). Em abril, o chefe do Departamento Econômico do BC (Depec), Altamir Lopes, havia projetado um ingresso de US$ 1,6 bilhão.

Com essas contribuições, a conta “transações correntes” do balanço, que contabiliza os resultados da balança comercial, transferências unilaterais e serviços e renda, apresentou um déficit de US$ 2,020 bilhões em maio, resultado 56% melhor que o déficit de US$ 4,583 bilhões registrado em abril.

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