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As ‘estrelas’ fora de campo

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Igor Jácome – repórter

Em meio ao desfile de craques pelas arenas brasileiras, eles são meros coadjuvantes. Porém, sem o trabalho dos voluntários da Copa do Mundo, o evento não aconteceria da mesma forma. Durante o mundial de 2014, mais de 15 mil pessoas vão atuar  junto à Federação Internacional de Futebol (Fifa) nos diversos setores da organização – desde chegada em aeroportos, atendimento à mídia, entrega de ingressos, recepção a torcedores – de forma voluntária. A sub-sede Natal conta com 908 voluntários, segundo a Fifa.

Outros milhares de voluntários, cadastrados pelo Governo Federal e outras organizações nacionais também prestam serviços a turistas brasileiros e estrangeiros que assistem aos jogos. “É interessante. Muitas pessoas não prestam atenção, mas eles estão em todo canto, são muitos, e nos atendem bem”, diz o torcedor Carlos Martins, ao retirar, no ponto de entrega, ingressos para dois jogos que ocorrem em Natal.
Jornalista venezuelana Gabriela Maza é voluntária da Copa 2014
Os motivos que levam essas pessoas a trabalhar gratuitamente em um evento como este são variados. Entre as principais vantagens apontadas à reportagem pelos próprios voluntários está a oportunidade de conhecer novas culturas pessoas, além de anotar no currículo a participação no maior evento esportivo do mundo.

#SAIBAMAIS#Para alguns esta ainda é uma boa oportunidade para fazer turismo. É o caso da jornalista venezuelana Gabriela Maza, 25 anos, que está pela primeira vez no Brasil para ser  voluntária da Fifa na Copa do Mundo. Ela é uma dos 110 voluntários estrangeiras em Natal, afirma que já fez várias amizades e que aproveita a estadia para também produzir pequenas reportagens para o portal de internet no qual trabalha. Ela não fala português, mas explica que vai atuar em jogos na Arena das Dunas orientando torcedores na entrada do estádio, visto que é fluente em Inglês e Espanhol.

Durante a preparação para o mundial, a seleção de voluntários ficou dividida em duas partes. Uma de responsabilidade do Comitê Organizador Local (COL/ Fifa) e outra do Ministério dos Esportes. Uma das voluntárias da Copa que ingressou por este último foi a potiguar Ana Maria da Costa Souza, de 57 anos. A dona de casa afirma que não poderia deixar de participar de um evento de tamanha magnitude. “Eu sempre gosto de estar envolvida em eventos, então fiz minha inscrição no ‘Brasil Voluntário’. É uma oportunidade de participar de algo que vai entrar para a história. Eu não queria está de fora. Fazemos amizade, temos a oportunidade de conhecer outras pessoas. A gente adquire liderança, desenvoltura… é muito bom”, argumenta.

Se milhares de pessoas se inscreveram por conta própria, outras tiveram um certo “empurrão” para abraçar o voluntariado. A técnica administrativa Luciene Bezerra Pinto de Aguiar, de 40 anos, trabalha na reitoria da UFRN e foi convidada pela pró-reitoria de extensão, com mais quatro colegas, para coordenador um grupo de voluntários durante o mundial. O desafio foi aceito.  “Vai ser uma oportunidade muito boa de conhecer pessoas, otimizar o atendimento ao turista, mostrar a universidade para essas pessoas”, coloca. Ela explica que os voluntários da UFRN trabalharão num centro montado próximo à capela do campus, no estacionamento utilizado pelos torcedores que se deslocam para a Arena das Dunas. O objetivo do grupo é orientar e tirar possíveis dúvidas. “Também entregaremos guias e mapas da cidade, indicaremos pontos turísticos, restaurantes, indicação de ônibus, táxi, supermercados, praias, etc.”, coloca.

Se, para muitas pessoas, a Copa é um momento de diversão, para os voluntários o mês é de muito trabalho. Mas eles não reclamam. Dizem que levarão este momento único para a vida. “Quando teremos outro evento como esse aqui?”, questiona Luciene.

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