A Honda tem se projetado mundialmente por conceber motocicletas que fizeram “história”. Exemplos: a CB 750 K (Sete Galo), lançada em 1969 e mantida em linha-de-montagem até 1979. O impacto desse lançamento foi tão marcante que, posteriormente, o modelo foi eleito a motocicleta do século; a clássica CB 400 Four, considerada uma das mais bonitas da montadora japonesa. Baseando-se nesse portifólio de produtos, a Honda Motor do Japão apresentou, recentemente, duas “motos-conceito”: a CB 1100R (foto) e a CB 1100F, baseadas nos sucessos do passado.
Tradição
O lançamento foi promovido recentemente, durante o 40o- Salão de Tóquio (Japão). Os dois modelos compartilham o mesmo propulsor, com 1.140 cm3, 16V, que conserva a mesma arquitetura das motocicletas originais, como o tradicional 4 cilindros em linha, mas dotado de tecnologia atual. Para ficar ainda mais fiel, a refrigeração é a ar, mas o radiador de óleo, quase camuflado, não foi dispensado.
Cognominada como Café Sports moderna (unindo a atualidade e a tradição dos anos 70), a CB 1100F lembra bastante o estilo da CB 400 Four. Tanque alongado, com pintura de uma só cor sem grafismos e o escape do tipo 4 em 1 cromado. Esse escape, considerado esportivo, era tão valorizado, que o mercado paralelo o oferecia para outras motocicletas. Além disso, o som que o equipamento produzia deixava o piloto com mais status. Como, naquela época, o farol único é redondo, assim como os instrumentos do painel. A diferença é que o painel inclui uma tela digital entre os relógios.
Competição
A suspensão dianteira é telescópica convencional, mas as rodas são em liga leve e os freios a disco. Na dianteira, existe um par, com pinças de duplo pistão e, na traseira, um disco simples. A suspensão traseira tem dois amortecedores, com reservatório de expansão de gás. A CB 1100R (classificada como Racing Heritage) foi inspirada nos modelos de competição que disputaram a famosa prova Bol d’Or. As cores são as mesmas e a pintura, semelhante. A motocicleta tem semicarenagem, com dois pequenos faróis embutidos. No banco, só há lugar para o piloto, como na original.
O motor é pintado de preto, mas o quadro é feito em tubos de aço (com desenho para rebaixar as massas) e na cor vermelho vivo. Os escapes não são cromados e têm saída dupla. A suspensão dianteira é invertida e a traseira tem dois amortecedores, com reservatórios de expansão de gás. Os freios dianteiros têm dois discos e pinças radiais, como nas superesportivas atuais. O painel tem instrumentos circulares, com dois relógios maiores e dois pequenos. Vale salientar, que os dois modelos ainda são “conceito”.
