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As mulheres e o consumo de vinhos

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Inúmeras pesquisas no mundo já comprovam que as mulheres são consumidoras ativas de vinhos, superando os homens nos Estados Unidos, segundo pesquisa realizada em 2014, pela Empresa Canadean, com 59% do consumo, contra apenas 41% do sexo oposto.

Além de grandes consumidoras, mulheres da confraria As Baquianas  também são conhecedoras do assunto. Aqui em visita a alguns territórios do vinho

Também nos Estados Unidos uma outra pesquisa da Consultoria Nielsen chegou à conclusão que as mulheres, no Estado da Califórnia, maior produtor de vinho do país, não só consumem mais dos que os homens, como, ao contrário do que se pensava, gostam de vinhos tintos encorpados de uvas como Cabernet Sauvignon e Merlot. No Brasil estes números não são tão diferentes, e serve como termômetro o número cada vez maior de confrarias de vinhos compostas só de mulheres espalhadas pelo Brasil, a exemplo da Confraria Rosé e Delle Donne (SP), Confraria das Amigas do Vinho do (RJ), e da Confraria natalense BAQUIANAS (RN), que há 17 anos reúne-se mensalmente para degustar vinhos de vários países, e faz uma viagem anogastronômica por ano, sempre para um país produtor do velho ou do novo mundo, para vivenciar in loco os segredos do vinho sob o comando do consultor Gilvan Passos.

As Mulheres no Mundo do Vinho
Além de grandes consumidoras, as mulheres, nos últimos anos, vêm marcando presença expressiva nos vários segmentos do universo do vinho, da cadeia produtiva à comercialização, passando pelo setor de serviços, pela crítica e educação enológica. No mundo todo as mulheres ocupam com maestria o papel de produtoras e/ou enólogas, transformando uva em vinho; na gestão de empresas do setor, comercializando o vinho nas lojas, distribuidoras e importadoras; no serviço do vinho nos restaurantes, como sommelière; como educadoras, através de consultorias e da disseminação da cultura do vinho, e como críticas notáveis, a exemplo da inglesa Jancis Robinson, primeira Master of Wine (mestre em vinhos) do planeta, talentosa escritora sobre o tema, brilhante como crítica internacional e consultora oficial da adega do Palácio de Buckingham em Londres. Como se vê, se o mundo é das mulheres, o mundo do vinho também o é.

Mulheres Que Fizeram História no Mundo do Vinho

É histórica e digna de total reconhecimento a contribuição de algumas mulheres brilhantes para a valoração, qualidade e perpetuação de alguns vinhos que viraram marca no inconsciente coletivo dos apreciadores do mundo todo. Na França, região da Champagne, Barbe-Nicole Clicquot Ponsardin (1777-1866), a viúva Clicquot, que dá nome ao famoso Champagne Veuve Clicquot, mãe e viúva aos 27 anos, e em meio as agruras das guerras napoleônicas de então, assumiu o controle da pequena empresa transformando-a no império que é hoje. Em Portugal, na região do Douro, Antônia Adelaide Ferreira (1811-1896), a Ferreirinha, uma notável portuguesa do século XIX, viúva aos 32 anos, levou a Casa Ferreirinha aos píncaros da glória, tornando-se a pessoa mais rica e respeitada do Alto Douro, com uma visão empreendedora e humana muito além do seu tempo. No Chile, Vale de San Antonio, Maria Luz Marin (1951), primeira enóloga (engenheira agrônoma) a trabalhar em terreno chileno com 30 anos de idade, fundadora da Viña Casa Marin. Na Itália, região da Toscana, Donatella Cinelli (1953), fundadora do “Movimento Turismo do Vinho” que colocou a Itália como destino vinícola, e fundadora da vinícola Casato Prime Donne em Montalcino, que produz grandes Brunellos e onde só trabalham mulheres. Como se vê, elas não irão dominar o mundo. Elas já o fazem há muito tempo.
Curso de Introdução ao Vinho e à Degustação
12/03 (quinta-feira) às 19:30 horas na Sala de Provas da Importadoras N Wines. Inscrições com Milena Nicácio pelo fone: (84) 99838-0241
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