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As mulheres falam

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Woden Madruga

A maioria expressiva dos candidatos à presidência da República é masculina, apesar das mulheres constituírem a maioria dos eleitores/eleitoras: 52,5% do eleitorado brasileiro.  O Brasil tem aptos a votar agora em outubro 147 milhões e 302 mil eleitores, sendo 77.337.918 do gênero (como o sexo é classificado) feminino e 69.901,035, do masculino.  Já com relação ao número de candidatos/candidatas, as mulheres perdem feio. Na corrida presidencial são 11 candidatos homens e apenas 2 mulheres: Marina Silva (Rede) e Vera Lúcia (PST). Marina está em 5º lugar na pesquisa do Datafolha, com 7% das intenções de voto, e Vera Lúcia em penúltimo, com apenas 1%.  Mulher não vota em mulher.
Já no jornalismo político a presença da mulher é dominante. Elas ocupam a linha de frente, não somente como repórteres, mas também como analistas, articulistas, editorialistas. Basta abrir as folhas dos jornais impressos ou prestar a atenção o que a tevê não mostra, sem falar nas ondas sem fim do mar vasto mar da internet. As mulheres podem até não votar em candidatas/mulher, mas sabem falar com doutorado sobre a questão política, mormente agora em temporada de eleição. Suas colunas e artigos estão na minha leitura matinal de todos os dias. Considero-me cidadão bem informado. 

Das leituras de ontem destaco aqui as de duas grandes jornalistas, Miriam Leitão e Eliane Cantanhêde, escreveram sobre o momento político brasileiro. Começo por Miriam Leitão, de o Globo. Título de seu artigo: “Bolsonaro e o vazio de ideias”. Começa assim:

– A campanha de Bolsonaro é obscura em todas as áreas, não apenas econômica.  Na segurança, resume-se a permitir o porte de armas. Não há um projeto sobreo que o Estado fará para reduzir a criminalidade. Na educação, a proposta é apenas por uma escola militar por estado. Sobre saúde, questão climática, logística, cultura ou qualquer outra área, não há propostas, simplesmente porque não há ideias.

– A campanha é improvisada, organizada por alguns militares, os filhos do candidato, e um ou outro amigo. Uma estrutura claramente insuficiente e que não se dispôs a pensar um projeto para o Brasil. Antes do atentado que sofreu, cada entrevista, debate, declaração do candidato só fazia aumentar sua rejeição. Para citar um exemplo: o país ainda chocado com a perda do Museu Nacional, e ele sai com um “já queimou, agora quer que eu faça o quê? ”.

– Seu vice, o general Hamilton Mourão, tem ido na mesma toada, como fez na declaração em que ofendeu mães e avós. Quanto menos Bolsonaro fala, mas ele é poupado do constrangimento de exigir seu enorme vazio de ideias e propostas. ”

Quem manda
O título do artigo de Eliane Cantanhêde, do Estadão, é “Quem manda em quem”. Os retratados são Bolsonaro, Haddad, Ciro Gomes, Alckmin, Marina, os cinco mais amostrados na corrida presidencial. Destaco algumas passagens, começando pelo começo:

– Enquanto Fernando Haddad (PT) não perde uma chance de reforçar que é pau-mandado do ex-presidente Lula, Jair Bolsonaro (PSL) faz o comentário e põe nos seus devidos lugares o vice, general Hamilton Mourão, e o “Posto Ipiranga”, economista Paulo Guedes. Do hospital, onde continua ativo nas redes sociais, o capitão Bolsonaro cortou as asinhas do general Mourão, que estava doido para substituir o paciente em debates e sabatinas – ou seja, assumir o papel de candidato à Presidência. Bolsonaro foi direto: ou ele vai pessoalmente aos debates, ou ninguém vai.

– Do lado oposto, Lula é a força e a fraqueza de Haddad. A mais contundente confirmação disso foi a forma tortuosa e sofrida com que reagiu à pressão para dizer se, eleito, iria ou não tirar Lula da cadeia via indulto. Foram muitos talvez, quem sabe, muito pelo contrário, até que o governador de Minas, Fernando Pimentel, disse o que parece óbvio: sim, Haddad no Planalto significa Lula fora da cadeia.

– Do ponto de vista eleitoral, trata-se do clássico “pregar para convertidos”, porque a ideia agrada a quem já naturalmente vota no PT. E não atrai votos de quem até simpatiza com o jeitão de Haddad, mas não é petista e não quer soltar Lula a qualquer custo, muito menos admite a volta dele no tapetão.

– Foi por isso que, na milésima vez que lhe perguntaram a mesma coisa, Haddad jogou a toalha e garantiu que não, não vai dar indulto a Lula. Se é verdade ou não, não se sabe, mas ele mandou um recado para Pimentel, que teve de se retratar: ninguém fala por ele (a não ser Lula, claro). ”

Ciro aqui  O presidenciável Ciro Gomes, do PDT, faz escala hoje no Rio Grande do Norte.  O partido anuncia sua presença hoje à noite, a partir das 20 horas, no comício que será realizado na cidade de João Câmara.

Lá ele se encontrará com a caravana de Carlos Eduardo que cumprirá longo percurso pelo Litoral Norte, já partir das 9 horas: Ceará Mirim, Muriú, Maxaranguape, Rio do Fogo, São Miguel do Gosto, noite começando em Touros.

Livro 

No próximo sábado, 29, consagrado aos Santos Arcanjos: Miguel, Gabriel e Rafael, teremos o lançamento do livro do Padre João Medeiros Filho, A devoção à Nossa Senhora e orações marianas. Será na Livraria Paulus, que fica na Rua Coronel Cascudo, 333, Cidade Alta, a partir das 9 horas.

O livro, que tem prefácio de Dom Heitor de Araújo Sales, sai com o selo da Editora Campo Novo. A renda da venda do livro será revertida em favor da causa de beatificação do Padre João Maria.

No Bem-Te-Vi 

O Instituto Bem Te Vi anuncia a sua V Jornada Interdisciplinar que este ano terá como tema “Demasiado Humano”. Será realizado nos dias 27, 28 e 29 na UNI-RN. Os palestrantes convidados são os professores Luís Cláudio Figueiredo, da PUC de São Paulo, e Jorge Sesarino, do Paraná.

As inscrições já estão abertas. Mais informações pelo telefone (84)2020-4463.

Floração 

Está começando a floração das craibeiras e dos ipês  amarelos da avenida Rui Barbosa e da rua São José. Um encantamento passar por ali, mesmo com o trânsito doido.

Seria o começo da primavera? Há primavera por estas bandas?

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