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Assaltos a bancos caem 26% ao longo de 2020 no RN

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A explosão simultânea de duas agências bancárias no interior do Rio Grande do Norte nesta semana reacendeu o debate em torno dos crimes envolvendo quadrilhas especializadas em assaltos a bancos no Estado. Apesar da ação, dados da Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (Deicor) enviados à TRIBUNA DO NORTE mostram que houve redução do crime de assalto a bancos em 26% ao longo deste ano no Rio Grande do Norte.
Ao longo deste ano, número de ocorrências criminosas tendo os terminais eletrônicos dos bancos como alvos caiu 26% no Estado
#SAIBAMAIS#Segundo tabulação da Polícia Civil, foram 17 ações entre janeiro e setembro de 2020, contra 23 ações no mesmo período do ano passado. As 17 ações no Estado em 2020 se referem a sete explosões, sendo uma delas consumada, e 10 cortes de caixas eletrônicos com uso de maçaricos, sendo três deles efetivados pelos bandidos.
Ao longo deste ano (de janeiro a setembro), a Polícia Civil informou ainda que foram presas 101 pessoas, sendo 76 delas em flagrante.
 
Foram subtraídos, nos crimes cometidos por elas contra os bancos, pelo menos R$ 535 mil. Em todo o ano de 2019, a Polícia Civil detalhou que promoveu, pelo menos, 46 operações contra esses criminosos, sendo 110 pessoas presas e 45 armas apreendidas. Cerca de R$ 258 mil foram aprendidos em tais operações em poder dos bandidos.
Para o titular da Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed/RN), Francisco Araújo,  as apreensões feitas no ano passado se refletem nos números de 2020. “Nós apreendemos armas, fuzis e prendemos pessoas que foram identificadas e encaminhadas à Justiça. Se não tivesse tido essa ação dessas prisões e apreensões, estaríamos com índices maiores. É tanto que tínhamos um bom tempo que não acontecia esse tipo de ação que aconteceu em São Paulo do Potengi. São quase sete meses”, comentou. 
Apesar do espaço temporal entre as ações criminosas, Araújo citou que pequenos assaltos em farmácias, supermercados e carros fortes também são computados nas estatísticas da segurança pública.
“Tabulamos tudo. A violência explícita como tivemos esse em São Paulo do Potengi, estamos há seis meses sem ter. Houve redução desse tipo de violência e houve a redução desses menores, dos maçaricos nos caixas eletrônicos, por exemplo”, declarou o titular da Sesed/RN. Segundo ele, as outras ações semelhantes a da  quarta-feira passada aconteceram em Pedra Grande e em São Gonçalo do Amarante.
Sem estrutura
O atual delegado titular da Deicor, Erick Gomes, comentou que “toda redução é significativa, já que não houve incremento de efetivo nem estrutura. A pandemia estimula a roubar, a praticar crimes, mas ainda assim houve redução”.
Os relatos das autoridades e os registros na imprensa mostram que o modus operandi dos bandidos é semelhante ao longo das ações: nas madrugadas, os criminosos chegam às cidades em carros e trocam tiros com a polícia enquanto cometem os arrombamentos, além de deixar a cidade em alta velocidade e comumente, espalhando pregos e grampos para dificultar a ação da polícia ostensiva na perseguição.
“Normalmente, (os bandidos) procuram municípios mais longe da capital, com efetivo policial menor e uma maior possibilidade de fuga. É natural em todos os Estados. Para mitigar, a polícia deve continuar a fazer o que está fazendo: todos os anos combatendo o crime, defendendo a sociedade. A Deicor tem um percentual de elucidação dos crimes acima de 90%. As dificuldades existem, a quantidade de policiais não é a ideal, mas o trabalho é intenso, e a unidade apresenta um percentual de elucidação muito alto comparado com outros Estados”, frisou Erick Gomes.
Além das próprias instituições financeiras, quem acaba ficando no prejuízo são os moradores dos municípios alvos dos bandidos. Na maioria dos casos, os populares precisam se deslocar até outros municípios circunvizinhos para executarem suas operações bancárias, o que acaba demandando tempo e gera outro tipo de risco, o de assaltos.
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