O presidente da Assembleia Legislativa, Ricardo Motta, informou por intermédio da Assessoria de imprensa que aguarda que a decisão do Tribunal Regional Eleitoral seja publicada para providenciar a posse do vice-governador Robinson Faria (PSD) como governador do Estado. A decisão favorável ao afastamento da governadora Rosalba Ciarlini repercutiu no mundo político. Coube ao deputado estadual Agnelo Alves (PDT) resumir o impacto da notícia. Para Agnelo, a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) “é uma bomba atômica”. 
Até o fechamento desta edição, o acórdão com a decisão do TRE não havia sido publicado. Esse é um passo necessário para que governadora deixe o cargo. Estima-se que a publicação do acórdão seja feita ainda hoje, um dia antes do início do recesso parlamentar. Caso o documento seja publicado apenas durante o recesso, o presidente da ALRN informou que, se necessário, convocará sessão extraordinária. “Estou aguardando ser notificado da decisão para então dar posse ao vice-governador. Se o documento chegar após quarta-feira, convocarei sessão extra para que a decisão seja cumprida”, informou Ricardo Motta.
Agnelo Alves explicou que o afastamento é uma “bomba atômica” porque traz “uma reviravolta com repercussão política e administrativa”. O deputado explicou ainda que a classe política não estava preparada para a decisão do TRE. “Ninguém esperava que isso fosse acontecer, mesmo que, há muito tempo, se percebia a fragilidade da administração, com atraso de pagamento do funcionalismo e a perda de referência que vinham se repetindo nos últimos meses”, disse.
Já o deputado oposicionista Fernando Mineiro (PT) afirmou que a decisão da Corte eleitoral era esperada. “Eu já havia avaliado que não existia outro caminho senão o afastamento da governadora. Isso foi um processo em cadeia. Se cassaram a prefeita Claudia Regina, em Mossoró, era óbvio que o mesmo aconteceria com Rosalba”, colocou. Sobre o impacto do afastamento da governadora no cenário político a dez meses das eleições, Mineiro foi cauteloso. “Primeiro é preciso dar posse ao vice-governador. Depois, quando a poeira baixar, vamos retomar o debate político. Mas é claro que essa decisão causa um grande impacto. Temos uma nova situação. Algo novo”, disse.
