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Assessores são interrogados na Dedepp

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OPERAÇÃO IMPACTO - Assessores optam pelo silêncio durante depoimento

Publicada às 12h47

A Operação Impacto, que investiga o suposto envolvimento de alguns vereadores em um esquema de recebimento de propina para a derrubada dos vetos do prefeito às emendas ao novo projeto do Plano de Diretor de Natal, continua.

Compareceram na manhã desta quinta-feira (23),  à Delegacia de Defesa do Patrimônio Público (Dedepp), três assessores de vereadores investigados pela “Impacto”, além de um funcionário do Banco do Brasil que prestou atendimento a Francisco de Assis, assessor do vereador Geraldo Neto, no momento em que foram descontados dois cheques, cada um no valor de R$  50 mil e que supostamente teriam sido utilizados para o pagamento da propina.

O primeiro a depor foi o gerente de contas da agência do Banco do Brasil do Natal Shopping Center, Francisco Granja. Em depoimento, o gerente foi colocado frente a frente com o assessor do vereador Geraldo Neto. Granja confirmou que o assessor havia efetuado o desconto dos cheques.

Na saída, o advogado de Granja não quis comentar o depoimento, mas afirmou que o funcionário respondeu prontamente todas as perguntas do delegado Júlio Rocha e do representante do Ministério Público, Afonso de Ligório.

Klaus Charlier, Francisco de Assis e Hermes da Fonseca, respectivamente assessores dos edis Emilson Medeiros, Geraldo Neto e Dicksson Nasser, também compareceram à sede da Dedepp, mas optaram por não falar no interrogatório seguindo a orientação de seus advogados que os acompanharam ao local.

De acordo com o advogado Kelps Oliveira, responsável pela defesa do vereador Dickson Nasser e seu assessor, a justificativa para essa orientação, repetida em coro pelos outros advogados, é que o processo está se desenvolvendo de forma tumultuada e que eles não tiveram acesso a todas as provas apresentadas no processo.

“Temos interesse em esclarecer tudo, mas os atrasos na hora de vir depor, o vazamento de informações e a falta de conhecimento dos autos tumultuam o andamento do processo. Vamos esclarecer tudo no judiciário, pois lá teremos tudo em mãos de forma organizada”, disse Kelps Lima.

De acordo com o delegado Júlio Rocha, que preside as investigações da Operação Impacto, os advogados tiveram acesso aos autos do precesso e, independente deles gostarem ou não, o processo está seguindo de maneira transparente e legal.

Para o promotor Afonso de Ligório, que acompanha as investigações, é complicado que os depoentes tenha ficado calados mais uma vez. “O Ministério Público sente frustração ao ponto que na primeira vez que eles foram convocados, se negaram a depor, e agora, com a mesma alegação, eles repetem a atitude”, lamenta.

Esta está marcada para esta sexta-feira (24), uma acareação entre o vereador Adão Eridan e o seu suplente Sid Fonseca, a ser realizada na sede da Dedepp, a fim de esclarecer alguns fatos acerca das investigações.

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