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Associação de Cabos e Soldados descarta greve

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A Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar descartou a possibilidade de uma greve na corporação como forma de pressionar o governo por reajuste salarial. O presidente da entidade,  Jeoás Nascimento, comentou a declaração da governadora Wilma de Faria – descartando um reajuste para a PM ainda este ano – afirmando que “as saídas de viaturas policiais para as ruas passarão por um controle mais rigoroso”.

Jeoás Nascimento critica as condições das viaturas utilizadasSegundo ele, há viaturas que circulam sem condições mecânicas satisfatórias, equipamentos incompletos e “guiadas por motoristas sem habilitação”. A ideia da Associação é usar essas “irregularidades” para iniciar uma “greve branca”. “Se for para estar de acordo com o Código de Trânsito, não poderíamos sair para fazer o patrulhamento”, explicou Jeoás.

O presidente da ACS PM/RN não precisou quantas viaturas e policiais estariam nessa situação de “irregularidade”, mas disse que é uma realidade dentro da corporação. Parar as patrulhas parados será uma alternativa para pressionar o governo do Estado.

O comandante da Polícia Rodoviária Estadual, coronel Ricardo Albuquerque, foi procurado para comentar as denuncias de irregularidades feitas pela associação. Ele reconheceu que não é feita uma fiscalização regular em relação aos policiais, mas a responsabilidade em apurar se existem irregularidades seria do Comando da PM. “A gente não fiscaliza carros de instituições ligadas a polícia, saúde e outros orgãos públicos porque subentende-se que com certeza os motoristas estão habilitados”, justificou Ricardo Albuquerque.

Segundo o diretor de fiscalização da Secretaria Municipal de Trânsito e Mobilidade Urbana de natal (Semob), Márcio Sá,   não é responsabilidade do órgão realizar abordagens aos condutores de viaturas policiais. Ele explicou que isso é feito apenas quando o motorista comete alguma infração. “Já constatamos policiais cometendo algumas infrações de trânsito, mas não temos conhecimento de casos em que eles dirigem sem habilitação”, declarou Márcio.

Terla-feira (13), haverá uma assembléia da PM, às  9h, no Clube Tiradentes, para decidir os rumos das negociações. Caso não seja apresentada uma resposta as reivindicações. “Se a maioria aceitar a proposta do governo de conversar sobre aumento salarial no próximo ano, nós partimos para outras lutas da categoria. Se não, paramos os trabalhos”, disse o presidente da ACS PM/RN.

Os policiais militares do Rio Grande do Norte apresentaram uma contraproposta ao comando da PM. Eles reivindicam, ainda para este ano, a diferença do auxilio transporte, que hoje é de R$89,20 e passaria para R$ 160. O reajuste salarial ficaria para ser discutido em janeiro. “A governadora garantiu 30 milhões para a categoria na folha de pagamento de 2010. Elaboramos uma tabela com a divisão desses recursos”, afirma Jeoás Nascimento.

O presidente da Associação explica que não há uma diferenciação entre o soldo pago a soldados e cabos. De acordo com a tabela, estabelecida pela lei 273, o soldado deveria receber R$ 779,35 e o cabo R$ 807,74. Atualmente, as duas categorias recebem os mesmo vencimentos: R$ 465.

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