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Associação de Viúvas protestam por aumento nas aposentadorias

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A viúva Maria Margarida da Silva tem 74 anos e gasta a maior parte de sua aposentadoria com medicamentos. Ela não tem casa própria e mora com uma filha, porque está se restabelecendo de algumas cirurgias. Pensionista há pouco mais de um ano, dona Maria participou do protesto organizado pela Associação das Viúvas, na praça Gentil Ferreira, realizado ontem à tarde para reivindicar aumento para as aposentadorias e pensões dos servidores públicos e dos beneficiários do INSS.

A entidade representa três mil associados e todos os dias recebe muitas pessoas que não têm condições de viver com os rendimentos pagos pela Previdência Social (estadual ou federal). A secretária Joelma dos Santos explicou que a idéia de fazer o protesto em praça pública aconteceu no intuito de mostrar à sociedade o drama vivido pelos pensionistas. “Nós realizamos mutirões, entregamos cestas básicas, prestamos assistência às viúvas e aos aposentados, porque o que eles ganham não dá para nada”.

Ela conta que a maioria recebe o equivalente a um salário mínimo, que aumenta todo ano de acordo com o índice estabelecido pelo governo federal. Os beneficiários querem que o aumento seja calculado mediante taxa criada exclusivamente para a categoria. “Todos esperavam um  aumento que viria em maio, mas os deputados votaram contra. E agora estamos vivendo essa situação lamentável, Queremos providências, precisamos comer, pagar contas”, declara. A entidade também representa as viúvas que não têm pensão e estão em busca de seus direitos. “Todos os dias nos deparamos com casos dramáticos. As pessoas não têm como viver com tão pouco ou com nada, como é o caso de algumas viúvas”.

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