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Assunto polêmico: o aborto

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Nilza Tavares da Costa – psicóloga cognitivo-comportamental

Bom, como escrevi acima, estou entrando numa seara delicada. Entretanto, como ser individual e vivendo num Estado Democrático de direito, me revisto desta condição para dizer e escrever o que penso. Estava lendo um dos nossos jornais locais, e me surpreendi com uma manchete: ‘aborto: crime impune’. Fiquei respirando um pouco ofegante para assimilar uma página inteira de um jornal, que argumenta o assunto, onde de um lado estava o Coordenador Estadual do Movimento Brasil sem aborto, que defende o direito à vida, afirmando que, “a partir do momento em que o espermatozóide fecunda o óvulo; surge uma vida e destruí-la significaria um homicídio”.

Por outro lado, a defensora, a Educadora Social da ONG Coletivo Leila Diniz de Natal, que afirma: “a decisão de fazer um aborto deveria ser exclusiva da mulher em nome da liberdade ao corpo e de sua autonomia”.

Este assunto ecoou em mim com uma força tamanha, que senti uma necessidade de externar, e até de me esvaziar um pouco do peso que esse tipo de tema chega a minha estrutura de processamento mental para absorver uma realidade. Esta, que impacta com conceitos morais e éticos, absorvidos durantes os longos anos de aprendizado em minha vida.

Acredito que, o aborto seria uma “alternativa” utilizada por algumas mulheres, que vêm como uma es-tratégia para justificarem as suas necessidades e se livrarem das suas responsabilidades diante de atitudes irresponsáveis. Provavelmente, pensam que tudo ficaria corrigido e a vida continuaria como se nada tivesse acontecido. Esta seria a solução mágica e enganosa para aquelas que precisam se aliviar da culpa.

O que podemos dizer diante de uma visão constitucional da mulher, vista como aquela que tem o “direito” de fazer o que quiser com o seu corpo? Até concordo com isso, pois se ela quiser se rasgar toda, se cortar, cortar cabelo, raspar cabeça, tatuar até a conjuntiva dos seus olhos… etc, ela que o faça. Agora, ter o direito de fazer com uma outra vida, só porque ela está carregando em seu ventre… É muito diferente!

Para uma conjuntura social e política, a criança é um indivíduo que terá também os seus direitos, principalmente o de nascer. Para o Direito existem duas situações legalistas: O estupro e em caso de risco para mãe. Compreensível!!!

Como poderíamos entender que, em tempos modernos, uma mulher se sinta no direito de abortar, somente porque ela pode fazer o que quiser com o seu corpo? E o seu “dever” de se cuidar, onde fica? Se nos tempos modernos, muitos são os artefatos anticonceptivos que a mulher tem a mão para proteger-se desse tipo de situação, o que faz uma mulher correr o risco de engravidar, se aquele filho não é desejado?

Isso só ocorre, porque existem pessoas coniventes, inescrupulosas e sem ética, que aceitam pela falta de caráter, em participar de uma chacina, onde o objetivo são crianças que estão perdendo a chance de serem pessoas idôneas e até filhos que dariam aquela mãe um sentido de vida, já que provavelmente, ela não teria. Tudo poderia ser evitado, se ela pensasse que uma atitude sexual tem uma conseqüência: a gravidez e não só ao prazer.

Fazer o que se quer com o seu corpo é fazer consigo e não com o outro. É poder escolher o que é melhor para si… Etc. É diferente de um embrião, um feto, ou uma criança, porque, ele não é ela (mãe) e nem é dela como propriedade, pois o tempo mostra cada vez mais isso: Ele cresce e faz as suas escolhas. Eles são indivíduos únicos com direitos e deveres, que somente a eles cabem o direito e dever de ser: HOMENS e MULHERES.

Há uma possibilidade de o aborto ser visto por muitas mulheres como “alternativa” utilizada, que vêm nesta prática uma saída. A vida da criança não pertence à mãe, mas o seu cuidado… SIM. Não se deve confundir isso, embora muitas vezes, seja o que muitas mães queiram: Serem donas dos seus próprios filhos. Ledo engano… Para mim, aborto é um massacre e um dos mais cruéis, pois está direcionado a um ser sem defesa e que a única necessidade que tem é o direito que o acoberta: De poder existir!!

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