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Astrônomo em Natal acompanha lançamento

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ASTRÔNOMO - José Renan de Medeiros coordena o projeto no BrasilJá está no espaço o satélite Corot, que por no mínimo dois anos deverá procurar e mandar informações sobre possíveis planetas similares à Terra, além de estudar, com profundidade jamais utilizada, as peculiaridades do comportamento do Sol. O projeto CoRoT é de origem francesa, mas desde 1999 conta com a participação do Brasil – através da UFRN e outras instituições do país. Outros países europeus também participam, mas o Brasil coordena cerca de 30% de todas as atividades.

O satélite partiu pontualmente na hora marcada, às 12h23 no horário de Brasília, da base Baikonur, no Cazaquistão. Mas tudo foi acompanhado em detalhes de Natal, a partir de um auditório de um hotel da Via Costeira, onde o astrônomo José Renan de Medeiros – um dos coordenadores do projeto no Brasil – reuniu a imprensa e estudiosos. Os momentos que antecederam o lançamento foi de ansiedade, mas a operação foi um sucesso.

Após os dois primeiros minutos do lançamento – momento considerado crítico para o surgimento de problemas – o professor José Renan pôde respirar mais tranqüilo. “Agora podemos tomar um vinho ou uma água, e relaxar”, brincou. Na transmissão gerada pela TV da agência espacial francesa, o coordenador geral do projeto relatou o lançamento, atestando o sucesso. “Ele disse que está dando tudo certo. A palavra mágica é nominal. Se está tudo nominal, está tudo bem”, comentou José Renan.

Segundo o astrônomo, o projeto CoRot tem seu sentido principal em dois pilares, se referindo à busca de planetas parecidos com a Terra, e no estudo do Sol. “Tudo isso vai de encontro a uma busca entranhada no ser humano: só há um planeta Terra? De onde apareceu e como apareceu este planeta? E para onde estamos indo?” Sobre os estudos do Sol, o cientista explicou que 99% da energia gerada na Terra tem origem solar. E comentou que, estudando o comportamento do Sol, os homens têm uma maior capacidade de se proteger de problemas causados em equipamentos importantes para a sua sobrevivência. “Sabendo que vai haver uma intensa atividade solar, podemos mudar as rotas de satélites que poderiam se danificar. Para entender, basta dizer que o Sol gira no seu tempo exato. Se fosse um pouco para mais, ou um pouco para menos, a sobrevivência na Terra seria impossível”.

Originariamente, o projeto Corot (abreviação de Convecção, Rotação e Trânsito) era desenvolvido somente na França, mas em 1999, os cientistas locais perceberam que precisavam de outras “cabeças” para a concepção dos softwares. Além disso, precisavam de mais dinheiro para a conclusão dos trabalhos e de uma equipe que já tivesse experiência.

O Brasil participou ainda com a aquisição da única estação de rastreamento e recepção de dados a ser instalada na América do Sul. O equipamento custou R$ 3 milhões e foi definido que o local infalível seria a Estação de Lançamentos de Foguetes de Alcântara, no Maranhão.

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