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Ataque cardíaco mata Bussunda

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VIAGEM - Bussunda estava na Alemanha produzindo especiaisMorreu na manhã de ontem, vítima de um ataque cardíaco, o humorista Cláudio Besserman Vianna, o Bussunda, do programa Casseta e Planeta, da Rede Globo. Bussunda estava hospedado em um hotel da cidade de Parsdorf, na Alemanha, a 15 minutos de Munique. Parte da equipe do Casseta encontrava-se no país produzindo programas especiais sobre a Copa do Mundo.

O humorista sofreu um ataque cardíaco fulminante ainda no hotel, por volta das 8 horas, horário local (3 horas em Brasília). Ele já havia passado mal na tarde de sexta-feira, depois de jogar uma pelada com funcionários da Rede Globo e outros membros do Casseta em um campo nos fundos do hotel. O jogo durou apenas 30 minutos, e foi encerrado após as reclamações de mal estar de Bussunda. Com o termino da pelada, o humorista chegou a pedir para que jogassem água sobre sua cabeça, o que provocou preocupação entre seus colegas.

Bussunda jantou normalmente na noite de sexta-feira. Quando foi dormir, outro integrante do Casseta Claudio Manuel, chegou a telefonar para o seu quarto. O humorista teria dito que passava bem, e pediu para não ser incomodado.

Na manhã deste sábado, ele voltou a passar mal. Paramédicos que estavam hospedados no mesmo hotel foram chamados – foi quando ele teve um infarto fulminante e desmaiou. Os paramédicos ainda tentaram reanimá-lo por cerca de uma hora, mas Bussunda não resistiu e morreu antes de ser levado para um hospital.

Famoso por suas imitações do atacante Ronaldo, da seleção brasileira, e do Presidente Lula, o humorista ira completar 44 anos no próximo dia 25. Bussunda era casado e tinha uma filha de 12 anos.

O diretor do programa Casseta & Planeta Urgente, José Lavigne, comentou ontem que Bussunda nunca havia manifestado nenhum problema de saúde mais grave. “As preocupações dele eram as normais de toda pessoa da idade dele”, afirmou, em entrevista à Globonews.

“Ele jogava futebol toda semana, e apesar de parecer obeso, era muito ágil. Ninguém podia esperar que isso acontecesse”, disse o diretor, que está em Munique, na Alemanha, onde Bussunda morreu, na manhã deste sábado, vítima de um infarto fulminante. Ele havia jogado uma pelada na noite de sexta-feira com outros funcionários da Globo, quando começou a se sentir mal.

Transtornado, Lavigne pediu orações para o humorista e sua família. “Ele é um ser humano que vai fazer muita falta. Que Deus esteja com ele”, declarou. Os outros membros do programa que estavam na Alemanha – Hélio de la Peña, Beto Silva e Cláudio Manuel – voltarão para o Brasil já neste sábado. O grupo disse que irá preparar uma edição especial do humorístico em homenagem a Bussunda, que deve ir ao ar na próxima terça-feira.

Perguntado sobre a possibilidade de término do programa, na porta do hotel, Hélio de la Peña respondeu: “É cedo para dizer, estamos em choque.” Os trâmites para o translado do corpo do humorista para o Brasil estão sendo providenciados pelas autoridades alemãs e brasileiras. Ele deve embarcar para o Rio ainda neste sábado.

Carreira iniciou no “Casseta Popular”

O humorista carioca Cláudio Besserman Vianna, o Bussunda,  que morreu na manhã deste sábado, na Alemanha, vítima de um ataque cardíaco,  iniciou a carreira na década de 80, com o jornal “Casseta Popular”, que fez  sucesso principalmente no Rio de Janeiro ao combinar crítica política, de comportamento  e sátiras. Estudante de jornalismo na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Bussunda  foi convidado a trabalhar no tablóide, onde estavam Claudio Manoel e os estudantes  de engenharia Beto Silva (Roberto Adler), Hélio de la Peña (Hélio Antonio do  Couto Filho) e Marcelo Madureira.

O sucesso fez que com o tablóide se transformasse em revista, em 1986. Dois  anos depois, Bussunda e o grupo foram chamados pela Rede Globo para escrever  os roteiros do programa “TV Pirata”, com Hubert Aranha, Reinaldo Baptista e  Cláudio Paiva, ex-redatores do famoso jornal “O Pasquim”, responsáveis então  pelo “Planeta Diário”, jornal que chegou a vender 100 mil cópias no Rio circulando  apenas com notícias falsas.

Já trabalhando para a Rede Globo, o grupo fez sucesso ao lançar a candidatura  do Macaco Tião, que vivia no zoológico do Rio de Janeiro, para prefeito do Rio.  Em tempos sem urna eletrônica, ele recebe o equivalente a 9,5% dos “votos”. 

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