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Ataques mudam rotina da capital

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No quarto dia, após o início dos ataques que praticamente pararam Natal, a cidade ainda busca retomar o ritmo normal de seu cotidiano. Os ônibus até voltaram a circular, mas com a operação da frota em escala de sábado (cerca de 70% dos veículos), o natalense teve dificuldades para conseguir sair de casa. A situação acabou esvaziando e até suspendendo as atividades em escolas e universidades. Algumas empresas na capital potiguar reduziram o horário de expediente ontem.
Clima de tensão acabou por esvaziar a cidade. Atividades em escolas e universidades foram suspensas. Empresas reduziram expediente
#SAIBAMAIS#A reportagem da TRIBUNA DO NORTE chegou às 5h25 de ontem (1º) na garagem da empresa de ônibus Santa Maria, no bairro de Cidade Satélite, na zona Sul de Natal. No local, muitos motoristas aguardavam ainda para saber como seria a operação durante o dia. Quem detalhou como funcionaria o serviço foi o presidente do Sindicato dos Rodoviários do RN (Sintro/RN), Júnior Rodoviário. “Vamos liberar os ônibus às 5h30 e queremos policiais nos terminais para a proteção dos trabalhadores. Se não tiver, nós vamos recolher. O patrimônio se recupera, mas a vida dos trabalhadores não. Essa guerra é deles (do Estado), então que eles assumam e garantam à população, aos empresários e aos trabalhadores o mínimo de segurança possível”, afirmou o sindicalista.

Nas três garagens e três terminais visitados durante o início da manhã, contudo, apenas uma viatura foi vista fazendo o acompanhamento dos veículos que saíam para fazer as linhas, na garagem da empresa Cidade das Dunas, na avenida Capitão-mor Gouveia, zona Oeste. Nos demais – garagens da Santa Maria e Guanabara, e terminal de Parque dos Coqueiros, na zona Norte; terminais Cidade da Esperança, na zona Oeste; e Brasília Teimosa, na zona Leste – não havia efetivo policial.

A pouca disponibilidade de ônibus refletiu diretamente na rotina da cidade. Nas paradas de ônibus, a quantidade pessoas que tentou (e não conseguiu) usar o transporte público era grande. Na prática, o que se viu foi que muita gente acabou desistindo e voltando para casa. Nas escolas, tanto da rede pública quanto na rede privada, poucas foram as que optaram por abrir no turno da manhã. Mesmo com a circular divulgada no domingo (31) pela Secretaria Estadual de Educação e Cultura (Seec), garantindo a abertura das escolas, todas as visitadas pela equipe da TN estavam fechadas.

“Foi uma decisão de toda a comunidade escolar. A maior parte de nossos alunos depende do transporte público para chegar, portanto seria uma irresponsabilidade manter as aulas hoje”, disse Edjane Ramos, diretora da Escola Estadual Walfredo Gurgel, em Candelária. A gestora informou ainda que encaminhou ofício à Seec solicitando reforço policial em frente à escola.

Quem optou por abrir, viu um dia com pouco movimento. No Colégio Marista e Nossa Senhora das Neves, na zona Leste, a segurança foi reforçada, mesmo assim, poucos alunos compareceram. As unidades da rede Contemporâneo não abriram pela manhã, voltando às atividades no turno vespertino.

Na Universidade Potiguar (UnP), as atividades foram suspensas até a próxima quinta-feira (4). Já a Universidade Federal do RN (UFRN) todas as atividades foram mantidas, porém, houve esvaziamento nos setores de aula. No turno noturno, as aulas do dia de ontem (1/08) foram encerradas às 20h15 e a rotina dos demais dias da semana depende do clima de segurança na cidade.

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