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Atendimentos não chegam a 50%

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Rafael Barbosa – Repórter

O Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Norte atende menos da metade das chamadas na Região Metropolitana. De acordo com os números da Subcoordenadoria de Estatística do Ciosp, até abril deste ano foram 4088, das quais 1894 foram atendidas. O efetivo de 640 homens é apontado como a causa principal do déficit nos atendimentos, uma vez que, segundo a assessoria do órgão, seriam necessários 4.500 homens.
O Estado tem um litoral com extensão de 420km e 15 bombeiros são responsáveis pelo resgate de banhistas em todas as praias
#SAIBAMAIS#Em 2012 o total de solicitações foi de 12.164, mas somente em 5.425 os Bombeiros estiveram presentes. O problema do baixo contingente reflete, inclusive, nos serviços prestados pelo CBM nas praias. São 15 pessoas trabalhando diariamente em toda a faixa litorânea do Estado, divididas em turnos. Trata-se de uma extensão de 420 quilômetros, mas de segunda a sexta-feira somente as praias de Ponta Negra e do Meio têm postos fixos com guardas vidas trabalhando. No final de semana, a cobertura de estende para a Redinha e Búzios. Caso haja alguma ocorrência nas demais praias, os bombeiros que estiverem de serviço precisam se deslocar para atender.

Segundo o tenente Cristiano Couceiro, da assessoria de imprensa do Corpo de Bombeiros, outra deficiência provocada pela falta de profissionais é a dos desencarceramentos de pessoas que sofreram acidentes automobilísticos. Como só existem sedes do CBM em Caicó, Natal e Mossoró, em colisões que acontecem nos demais municípios, as vítimas eventualmente presas em ferragens precisam aguardar para que sejam retiradas dos veículos. “Apesar de termos conseguido novos equipamentos e carros nos últimos anos, falta gente para opera-los”, destacou Couceiro. Ainda de acordo com a assessoria, no ano de 2002, quando o CBM dissociou-se da Polícia Militar, a lei que permitiu a separação previa também um efetivo de 1.065 bombeiros.

Atualmente, segundo Cristiano Couceiro, os Bombeiros precisam de pelo menos 3200 profissionais no trabalho operacional, além de mais 1300 nos setores administrativos, totalizando 4500. O déficit também atinge o setor de engenharia do Corpo de Bombeiros,  onde é feito o trabalho de prevenção das ocorrências. Há 40 engenheiros no setor, sendo que somente 10 podem fazer análises para liberações de estruturas, como habite-se. Desses, somente dois podem assinar o laudo. “E quando recebem o laudo para assinatura, acabam reavaliando-o para poder dar a liberação. É o nome deles que está em jogo”, pontuou o tenente Couceiro.

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