Pelo menos 13 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas, 15 deles muito graves, em um atentado ocorrido ontem em Barcelona, na Espanha, quando uma van atropelou dezenas de pedestres em uma das principais regiões turísticas da cidade, informaram as autoridades regionais da Catalunha. O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) assumiu a autoria do atentado, informou a agência de notícias Amaq, ligada aos extremistas.
Van alugada atropelou várias pessoas que passeavam pela região turística de Las Ramblas. Entre os feridos, 15 estão em estado grave
Uma pessoa foi detida em relação com o atentado, segundo a polícia regional, e outras fontes da corporação disseram à Agência Efe que se trataria de Diss Oukabir, um jovem de origem norte-africana que teria alugado a van com a qual o atentado foi cometido. Em 2012 ele passou um mês na penitenciária de Figueras, na província de Girona, na Espanha, em regime preventivo. Tinha sido acusado de abuso sexual, disseram à Agência Efe fontes da investigação.
Oukabir tinha residência permanente na Espanha, o que significa que vivia há pelo menos cinco anos no país, segundo fontes da polícia. Uma outra pessoa foi presa por suposta relação com o atentado, mas não teve a identidade revelada.
Além disso, a polícia encontrou morto o suspeito de atropelar uma agente da polícia em uma blitz após o atentado. O corpo estava dentro de um veículo a cerca de três quilômetros de onde policiais tentaram pará-lo a tiros depois que ele fugiu da fiscalização.
Atentado
O atentado aconteceu por volta das 17h (hora local; 12h de Brasília) quando uma van alugada de cor branca atropelou várias pessoas que passeavam pela região turística de Las Ramblas.
Aparentemente, a van saiu das imediações da estação de metrô de Las Ramblas, trafegou pela pista central da avenida principal e se chocou com vários veículos no percurso, que terminou praticamente na entrada do teatro do Liceu.
A van se deslocava em grande velocidade e fazendo ziguezagues, segundo o relato de uma testemunha.
As autoridades recomendaram a moradores e turistas que evitem ir à rua e montaram um forte esquema de segurança nas entradas e saídas da cidade.
Em um breve comunicado, cuja autenticidade não pôde ser verificada, o EI disse pela rede de serviços de mensagens Telegram que “uma fonte de segurança afirmou à Amaq que os autores do ataque de Barcelona são soldados do Estado Islâmico”.
O EI afirmou que a ação terrorista aconteceu “em resposta aos chamados do grupo para atacar os países da coalizão”, em referência à aliança internacional liderada pelos Estados Unidos que atua contra jihadistas no Iraque e na Síria.
O ministério de Relações Exteriores do Brasil emitiu uma nota em que “deplora veementemente” o ataque terrorista. O Itamaraty informou que até agora não há registro de brasileiros entre as vítimas e que o Consulado-Geral do Brasil em Barcelona está monitorando a situação. “O Brasil reitera sua condenação a todo e qualquer ato de terrorismo, qualquer que seja sua motivação, ao mesmo tempo em que expressa, consternado, seu sentimento de pesar às famílias das vítimas e estende votos de plena e rápida recuperação aos feridos”, informou, em nota.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, também condenou o ataque, ao tempo em que desejou rápida recuperação aos feridos e disse que espera que os responsáveis por essa “violência hedionda” sejam rapidamente levados à justiça. A informação é da ONU News.
Em nota emitida por seu porta-voz, Guterres enviou condolências às famílias e amigos dos que morreram e ao governo e população da Espanha. E afirmou a solidariedade das Nações Unidas com o governo espanhol em sua luta contra o terrorismo e o extremismo violento.
*Com informações da Agência EFE e da Agência Brasil.
