Bagdá – Um ataque suicida com carro-bomba provocou, ontem, a morte de pelo menos 13 pessoas na cidade de Najaf, sagrada para os xiitas iraquianos, informaram autoridades locais. O alvo foi um posto militar de checagem.
O ataque ocorreu na manhã de ontem, quando as ruas de um distrito comercial de Najaf estavam repletas de pessoas. Dos 13 mortos, seis eram civis e sete, policiais, disseram autoridades locais ao revisar os números. Trata-se do primeiro grande atentado ocorrido dentro da cidade sagrada em meses.
Najaf é fortemente protegida pela polícia iraquiana e por milicianos leais ao clérigo xiita antiamericano Muqtada al-Sadr. O último ataque de grande porte contra Najaf ocorreu em 10 de agosto do ano passado, quando um ataque suicida contra a Mesquita Imã Ali provocou a morte de 35 pessoas e feriu mais de cem. Enquanto isso, o comando militar dos Estados Unidos no Iraque investiga um incidente de “pouso forçado” de um helicóptero do Exército americano ao norte de Bagdá. O general William Caldwell, porta-voz do comando militar americano no país árabe, limitou-se a dizer que os aeronautas foram resgatados em segurança, mas não forneceu mais nenhum detalhe.
Ao longo do último mês, pelo menos sete helicópteros americanos caíram ou foram derrubados por rebeldes no Iraque, deixando um saldo total de 28 mortos entre militares e civis. Em Bagdá, aumentava hoje a turbulência política causada pela denúncia de uma mulher sunita segundo a qual três policiais xiitas a violentaram na prisão no último fim de semana.
O primeiro-ministro do Iraque, Nouri al-Maliki, demitiu ontem o diretor de um grupo de fomento sunita que tem exigido uma investigação internacional do caso e exonerou os policiais acusados, mas informou que os três suspeitos serão recompensados como sinal da confiança que as forças de segurança depositam neles. Mais tarde, Caldwell revelou que a mulher sunita que acusou que teria sido violentada foi atendida no último fim de semana em um hospital de campanha do Exército dos Estados Unidos no Iraque. Sob a alegação de proteger a privacidade da vítima, Caldwell recusou-se a revelar detalhes do tratamento médico ao qual ela foi submetida ou aos exames pelos quais ela passou. Segundo ele, militares americanos já estão apurando a denúncia.