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Atentado mata pelo menos 70 pessoas na Somália

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Mogadiscio, 04 (AE) – Militantes islamitas detonaram um caminhão-bomba nesta terça-feira em frente ao Ministério da Educação em Mogadiscio, matando pelo menos 70 pessoas, ferindo dezenas e acabando com a relativa paz que prevalecia na capital da Somália havia semanas, segundo um funcionário. A explosão ocorreu quando o veículo foi parado em um posto de controle. A Organização das Nações Unidas (ONU) condenou o ataque, que teve os civis como alvo.

O chefe do serviço de ambulâncias de Mogadiscio, Ali Muse, disse que pelo menos 70 pessoas morreram e outras 42 ficaram feridas. O grupo Al-Shabab, ligado à rede terrorista Al-Qaeda, imediatamente reivindicou o atentado em um site que geralmente utiliza.

Após a explosão, corpos queimados ficaram misturados à poeira na rua, em meio a destroços retorcidos e restos de peças do caminhão. Uma mulher usou um balde de plástico azul para jogar água em um corpo fumegante.

Ali Muse, chefe do serviço de ambulâncias da cidade, disse que a explosão “afetou não apenas o lugar do alvo, mas até mesmo pedestres e carros que passavam por lá. O número de baixas deverá crescer e ainda resgatamos corpos no local”, afirmou. “Foi a maior tragédia que vi em Mogadiscio”.

“A maioria dos mortos são estudantes ou pais de estudantes que aguardavam pelos boletins escolares na frente do Ministério”, disse um comunicado do governo.

Foi o maior ataque na capital somali desde que o Al-Shabab retirou a maioria de suas forças da área, em agosto, em meio a uma ofensiva da União Africana. O grupo tem reagido com ataques pontuais, incluindo carros e caminhões-bomba. Vários carros explodiram antes de chegar a seus alvos, nas últimas semanas.

Um oficial de polícia de Mogadiscio, Ali Hussein, disse que o veículo explodiu na entrada do Ministério da Educação. Os ataques suicidas eram algo incomum na Somália antes de 2007, porém são agora cada vez mais frequentes. O Al-Shabab afirma ser leal à Al-Qaeda, que geralmente usa carros-bomba e está aparentemente ganhando espaço na região do Chifre da África.

A Somália sofre com a falta de um governo efetivo há duas décadas, e também com a fome, que afeta em sua maior parte o sul do país, controlado pelo Al-Shabab.

“É incompreensível que inocentes sejam atingidos”, disse Martin Nesirky, porta-voz do secretário-geral da ONU, Ban ki-moon. “O secretário-geral está consternado por esse ataque horroroso que atingiu escritórios do governo nesta terça-feira”, disse Nesirky.

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