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Atentado redobra atenção na Copa

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Stephen Wilson – Associated Press

Londres  – De Londres a Sochi e ao Rio de Janeiro, o atentado contra a maratona de Boston realimentou preocupações com a segurança de grandes eventos esportivos mundo afora, entre eles os Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo. As explosões ocorridas perto da linha de chegada da maratona de Boston, que deixaram três mortos e quase 180 feridos na última segunda-feira, trouxeram à tona os desafios existentes para os responsáveis pela segurança dos Jogos Olímpicos de Inverno em Sochi, na Rússia, da Copa do Mundo de futebol no Brasil e da Olimpíada de 2016 no Rio. “Estamos muito, muito preocupados”, admitiu o norueguês Gerhard Heiber, integrante do Comitê Olímpico Internacional (COI) à Associated Press. “A segurança é nossa prioridade. Não há dúvida em relação a isso.”
Atentado em Boston deixou três mortos e 180 pessoas feridas
Mais imediato, porém, mostrou-se o planejamento da segurança da maratona de Londres, no domingo (21), que atrai mais de 30 mil corredores e meio milhão de espectadores às ruas da capital inglesa. Os organizadores afirmaram que estavam revisando os preparativos para a segurança da competição – uma das mais importantes maratonas do mundo -, mas sem perspectiva de alteração da programação do evento, em uma demonstração de união pelo ocorrido em Boston.

“A melhor maneira de reagirmos é seguir adiante com a maratona, levar as pessoas às ruas e celebrar como sempre fazemos em Londres”, declarou Hugh Robertson, ministro britânico dos Esportes. “Estamos absolutamente confiantes em que podemos realizar o evento de maneira segura”, prosseguiu ele.

Segurança aumentou desde ataques em Munique-1972

Em relação aos Jogos Olímpicos, a questão da segurança é crucial desde a Olimpíada de 1972, em Munique, quando militantes palestinos mataram 11 integrantes da delegação israelense. O foco agora está em Sochi, um estância turística no Mar Negro que sediará em fevereiro próximo a primeira Olimpíada de Inverno realizada na Rússia. A segurança na região já vem sendo reforçada nos últimos anos por causa da proximidade com a área de uma insurgência islâmica que se espalhou pelo sul da Rússia depois de duas guerras separatistas na Chechênia. “Naturalmente estamos reforçando a segurança”, declarou o ministro russo dos Esportes, Vitaly Mutko, citado pela agência de notícias R-Sport.

A caminho de Sochi na última terça-feira, o vice-presidente do COI, Thomas Bach, disse que os ataques a Boston reforçam a política da entidade de que a segurança é assunto de máxima importância para qualquer Olimpíada.
“Tenho certeza de que esse ataque cruel levará as autoridades a revisarem uma vez mais suas medidas de segurança”, disse Bach à AP. “Ainda que seja cedo demais para se chegar a conclusões, temos plena confiança nas autoridades russas. A situação já está sendo analisada e tenho certeza de que o evento contará com as medidas necessárias de segurança.”

Heiberg, que organizou os Jogos Olímpicos de Inverno de 1994, na cidade norueguesa de Lillehammer, e hoje preside a comissão de marketing do COI, disse que a preocupação com a segurança vem se acentuando desde os atentados de 11 de setembro de 2001 contra os Estados Unidos. Desde então, no então, as Olimpíadas transcorreram pacificamente em Salt Lake City, Atenas, Turim, Pequim, Vancouver e Londres. “Até agora temos dado sorte com os Jogos Olímpicos, mas o que aconteceu em Boston nos lembra que não podemos relaxar. Precisamos continuar assim e não nos prepararmos apenas para o possível, mas também para o impossível”, declarou Heiberg Said.

Um dia depois do atentado contra a maratona de Boston, o Ministério de Interior da Rússia informou que o contingente policial que trabalhará em Sochi já foi totalmente deslocado para a cidade e que inspeções são rotineiramente realizadas nos locais das competições para garantir que tudo está bem.

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